Irmãos Black

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Roxanne não esperava ver Sirius nas masmorras ao voltar de sua conversa na lareira. Já tinha passado do toque de recolher, e não houvera sinais de que ele conversaria com ela o dia todo.

Afinal ele tinha visto a idiotice que ela tinha feito.

— Oi. – Ela murmurou, e ele contraiu o maxilar antes de responder.

— Oi. – Ele cruzou os braços, na mesma linguagem de bloqueio que ela sempre fazia, encostado também na parede.

Ela franziu ligeiramente as sobrancelhas.

— Está esperando alguém?

Ele ficou quieto alguns segundos, e ela sentiu o coração disparando dolorosamente.

— Meu irmão. – Respondeu. – Pedi para Alicia chamá-lo.

Roxanne assentiu, e logo uma garota do quinto ano se apressou em se aproximar, com um ar agitado.

— Ele negou terminantemente – Disse assim que parou em frente a Sirius. – Juro que insisti, mas ele ameaçou até me azarar se pedisse outra vez.

Sirius repuxou um pouco os lábios e assentiu. Nenhuma surpresa, já tinha tentado antes.

— Entendi – Coçou a sobrancelha com ar displicente, mas até Roxanne sentia sua frustração.

— Mas não se preocupe – Alicia continuou sorrindo. – Eu posso ficar aqui te fazendo companhia...

— Não, não pode – Roxanne interrompeu. – Já passou do toque de recolher.

Alicia engoliu em seco.

— Eu... tá. – Nem louca desafiaria a monitora. – Boa noite, Six – Disse e se colou a ele, dando um beijo estalado em sua bochecha. Roxanne cruzou os braços e revirou os olhos. – Qualquer coisa você pode me chamar, e se quiser conversar ou só ficar em silêncio...

— Tá – Ele respondeu, afastando-a. – Valeu.

A garota o beijou na bochecha outra vez e correu para a sala comunal, deixando o corredor em silêncio novamente.

Roxanne só encarou Sirius por alguns segundos, e quando ele se desencostou da parede para ir embora, interceptou sua despedida:

— Fique aí, vou buscar Régulus.

Ele franziu um pouco as sobrancelhas.

— Ele já negou, Roxanne.

— Só fique. – Ela respondeu, indo para a sala comunal. Régulus estava na mesa, agredindo as folhas de um livro com as tamboriladas dos dedos enquanto fingia ler. – Vá falar com seu irmão.

Ele a olhou e franziu o cenho.

— Não quero. – Respondeu irritado, e sequer precisou de um olhar para pigarrear e corrigir o tom. – Não quero, já disse para a Alicia.

— Vá falar com seu irmão – Ela repetiu, e ele bufou um tanto exasperado.

— Por quê?

— Porque ele está plantado lá fora te esperando.

— Fale para ele ir embora! – Acrescentou: – Por favor.

— Agora, Régulus.

— Eu não quero ouvir sermão daquele idiota!

Roxanne revirou os olhos e fez um gesto no ar, o livro de Régulus se fechou com uma batida.

— Venha. – Ele comprimiu os lábios e a acompanhou. Quando a parede se abriu e ela indicou que ele fosse, chamou-a, com a garganta um pouco seca. – Quê?

Sirius Black e Roxanne MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora