O Mesmo Garoto de Todos os Lugares

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          — Acho que já está tarde... — Min-ho se levanta direito. — Preciso ir embora.

          — Ah, tudo bem. Nos vemos... — pensava. Onde mais iria vê-lo?

          — Em breve. — Não deixa o garoto pensar muito e faz um aceno, indo embora.

          Antes que Ji-sung pudesse processar, ele já havia sumido no meio das pessoas caminhando por ali. Como ele mexeu com sua cabeça. Ji-sung parecia um esquilinho, perdido por ali.

          Não demorou muito tempo para que ficasse frio e ele voltasse para casa. Mas, nem mesmo um segundo, ele parou de pensar em Min-ho... e em seu beijo. Que beijo... Aquele garoto que surgiu em sua vida, absolutamente do nada, e já estava mudando sua cabeça daquela maneira.

          Até quando deitou-se no travesseiro para dormir, pensava na sensação que tivera quando ele colou seus lábios nos seus. Borboletas no estômago. E tinhas borboletas na cabeça também... toda vez que pensava nele.

          ...

          No dia seguinte, Ji-sung se levanta. Logo, se lembra que tinha aula naquele dia. Olha no relógio. Esquecera de colocar o relógio para despertar e dá um pulo da cama. Estava mais do que atrasado e não poderia faltar em plena prova de história. Que desastre!

          Ele se levanta de qualquer jeito, sem se arrumar. Apenas bota o uniforme do jeito que dá e corre pelo caminho com sua mochila.

          ...

          Ao chegar na escola, ele abre a porta, quase que assustado de tanto que correu.

          — Han Ji-sung... — a voz de sua professora de história surge, ao vê-lo.

          — Me desculpe pelo atraso, professora. — Abaixa a cabeça, sentindo suas bochechas corando ao ser exposto para a sala toda.

          — Como sempre está atrasado, e em dia de prova... Vamos, sente-se atrás do aluno novo! — ela dita, e assim o garoto faz, indo para o lugar.

          Ele levanta a cabeça, afim de ver rapidamente quem era o tal garoto novo. O tempo parece parar. Lee Min-ho. Não era possível isso... era? O garoto estava presente em todos os lugares que o moreno ia. Ji-sung chegou a pensar que estava o imaginando, pois não parou de pensar nele mesmo.

          Ele se senta, na carteira mencionada. Sua respiração estava ofegante, enquanto tentava processar tudo que aconteceu. Mas Min-ho se vira para trás, um um leve sorriso ambiente.

          — Parece que nos vemos de novo, Han. — o jeito que seu sobrenome soava ao sair de sua boca... Um som impecável que Han jurava poder ouvir para sempre.

          Essa não era uma aula qualquer onde ele se entediava e dormia, e isso não era por causa da avaliação. Ele mal conseguia tirar o olho da nuca do garoto, quanto mais ouvir a voz irritante da mulher que falava. É uma pena que ela não podia ouvir seus pensamentos, se não diria para ele o tirar da cabeça por cinco minutos enquanto ela explicava as coisas naquele papel. Suas notas já não eram das melhores, agora elas já eram de vez.

          ...

          O sino toca. Na cabeça do garoto, não parecia ter passado cinco minutos, mesmo com as aulas trocando. Ele vê Min-ho se levantando e saindo da sala normalmente, colocando fones de ouvido. Isso lhe remete à aquela noite... Que momento...

          Começa a guardar seus materiais, quando vê Felix chegando na porta. Ainda odiava o fato de ele ser de outra turma. Melhores amigos não podem ser separados assim!

ㅤ˗ˏˋ ... 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑚𝑜𝑟 ˖ ° ⊹ .Onde histórias criam vida. Descubra agora