Mais tarde, Felix ouve a campainha tocar. Ele vai até a porta, olha pelo olho mágico e vê Min-ho parado em frente à porta, parecendo abalado.
Antes de qualquer coisa, ele pega o notebook e inicia uma chamada de vídeo com Ji-sung.
— Ji, o Min-ho tá aqui... — diz, parecendo ansioso.
— O-o que? — Franze o cenho, sem entender.
— O que você acha que eu devo falar pra ele?
— E-eu não sei... Talvez... — ia falando, quando ouve a campainha tocar mais um vez pela chamada.
— E-eu vou resolver isso! — desliga a ligação.
— Felix! Felix! — grita, mas já era tarde. — Droga... — Encosta a cabeça na parede novamente.
...
— Min-ho... — diz, ao atender a porta, com a expressão fechada.
— Cara, me dá uma chance de me explicar. — pede.
— Você magoou meu melhor amigo, Lee! — diz, bravo e decepcionado.
— Por favor, eu posso explicar! — insiste, ainda segurando.
— Tá, entra. — Solta a porta e sai dali, sentando-se no sofá.
— Obrigado, obrigado! — Sorri fraco e fecha a porta, seguindo-o até o sofá.
— Você tem cinco minutos... — Abraça a almofada, olhando-o.
— Ok, olha... Eu sei o que o Han viu. Ele me viu com a Rosé. — diz e Felix logo revira os olhos.
— Não me diga! — debocha, impaciente.
— E-ela sentou no meu colo e me beijou. Eu nunca tive, muito menos, quis ter algo com aquela garota, mas ela nunca entendeu isso. — diz e ele não responde, apenas continua olhando para baixo. — O-olha, eu jamais faria qualquer coisa para magoar o Han. — diz em tom triste.
— Mas magoou. — diz seriamente.
— Eu sei e eu faria de tudo para voltar atrás... — Suspira, triste.
— Olha, Lee, eu vou perguntar e você seja sincero! Você realmente quer ficar com o Ji-sung? — pergunta, olhando-o nos olhos.
— Com toda certeza do mundo. — responde, sem piscar, com franqueza e Feliz suspira.
— Olha, eu vou te dar a última chance. Vou falar com ele e explicar essa situação. Mas se você, cogitar, magoar ele de novo, eu te mato! — diz.
— Ah, obrigada, Lix. — Respira aliviado.
— Agora vai embora que eu vou ligar pra ele. — Se levanta, com um pequeno sorriso.
— Ok, mas fala com bastante carinho. — pede, parecendo depender muito daquilo.
— Pode deixar que eu conheço meu esquilinho como ninguém. — Ri.
— Sim... — Sorri, lembrando do sorriso dele, que iluminava aquela noite mais do que as próprias estrelas.
— Você realmente gosta dele, não é? — diz, percebendo seu sorriso ao falar dele.
— Sim... — O olha, ainda sorrindo.
— Pois é, ele também. Ele ficou muito mal com isso tudo, sabia? — Dá um "soquinho" em seu braço, brincando.
— Ei, não foi culpa minha! — Ri.
— Só não faça de novo. — diz, abrindo a porta.
— Lix, muito obrigada. Eu não sei o que faria que o Ji-sung não quisesse mais olhar na minha cara... — Olha para baixo.
— Eu só sei que eu também não ia olhar. — brinca.
— Vou fingir que você não prefere ele do que eu. — brinca também.
— Cara, ele é meu neném que eu protejo do mundo. Você é só um atleta safado! — Ri.
— Nem vem, eu também preciso de proteção! — Faz bico, fazendo graça.
— É, mas quem tem que te dar essa proteção é o Ji-sung, não eu. — O empurra, brincando.
— Tomara que ele dê. — Ri. — Enfim, muito obrigada. Vou torcer para tudo dar certo. — Sorri e se afasta.
— Deixa comigo, gatinho. — Sorri, fechando a porta.
Felix pega seu notebook e coloca os fones, pronto para conversar com Ji-sung à respeito daquilo tudo.
...
Ji-sung vê uma chamada de vídeo iniciada por Felix. Ele pausa seu jogo e o atende.
— Oi, Lix. — Sorri fraco.
— Oi, Hannie. Como está? — pergunta para começar.
— Ainda meio mal e você?
— Sempre bem pra te iluminar. E... eu trago boas notícias! — Sorri.
— Sério? Que bom... eu acho. — diz, sabendo que para Felix quase todas as notícias eram boas.
— Olha, o Min-ho veio aqui em casa, e... — ia dizendo.
— Felix, eu não quero saber da desculpa que ele inventou para você. Provavelmente, é mentira. — diz, desacreditando.
— Dessa vez, não é. Olha, ele disse que aquela garota vive dando em cima dele e que não foi culpa dele ela ter feito aquela cena. Sinceramente, eu acho que ele estava falando a verdade. — diz.
— E-eu não sei o que pensar disso tudo... — Abaixa a cabeça, confuso.
— Olha, faz o seguinte... Manda uma mensagem para ele e combine de conversar com ele, pessoalmente. Mesmo que vocês não voltem a ficar juntos, tenho certeza que essa conversa ajudará a resolver as coisas, ok? — O olha, o instruindo como um pai.
— Ok... Acho que sim, acho que farei isso. — Levanta a cabeça e sorri fraco.
— Ok, me conte depois, está certo? — Sorri, tentando o animar.
— Claro, Lix. Sempre. — Sorri de volta.
Ji-sung desconecta a ligação e fecha o notebook. Ele pega seu celular e via que Min-ho havia mandado mais uma mensagem, após das que foram ignoradas.
— O Felix falou com você?
— Falou sim. — responde.
— Olha, podemos conversar sobre isso? Eu sei que você não tem motivos para acreditar em mim, mas, por favor, pelo menos me escute.
— Me encontre no café perto da escola e conversamos, ok?
— Ok, te vejo lá em vinte minutos, pode ser?
— Pode sim.
Ji-sung desliga o celular e se joga na cama. Não sabia o que pensar, se ele estaria mentindo ou não. Só tinha um medo... ser feito de idiota após ser traído pela segunda vez.
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ㅤ˗ˏˋ ... 𝑈𝑚𝑎 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑚𝑜𝑟 ˖ ° ⊹ .
Fantasíaㅤ˗ˏˋ ... 𝐻𝑎𝑛 𝐽𝑖-𝑠𝑢𝑛𝑔, um garoto de dezesseis anos que é melhor amigo de 𝐿𝑒𝑒 𝐹𝑒𝑙𝑖𝑥. Um dia, Felix resolve apresentar seu amigo, 𝐿𝑒𝑒 𝑀𝑖𝑛-ℎ𝑜, para Ji-sung e é assim que tudo começou. 𝑂 𝑏𝑟𝑖𝑙ℎ𝑜 𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎...