CAPÍTULO 5 - LÁGRIMAS DE SANGUE

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Assim que percebo que já molhei toda camisa de Miguel, me afasto relutante

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Assim que percebo que já molhei toda camisa de Miguel, me afasto relutante. Me senti tão confortada, mas infelizmente não posso dizer nada a ele. Não posso arriscar a vida da minha mãe! Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com ela, já basta ter perdido meu pai, que agora sei, o que eu já tinha certeza, que ele não se matou.

Só de pensar em como meu pai morreu, meu coração fica pequeno. Imaginar o quanto ele sofreu, e pior saber que minha mãe pode vir a sofrer o mesmo, definitivamente não posso arriscar.

— Gabriela, fale comigo. — Miguel pede, enquanto seus olhos me avaliam cheios de preocupação, sinceramente não entendo, porque, ele tem tanto interesse em me ajudar. Talvez seja só por faro da profissão ou tenha percebido o quão morta minha alma está. — Você está bem? — questiona apertando minha mão levemente.

— Sim, estou bem. Não se preocupe comigo. — ele aproxima-se mais. 

— Gabriela, ouça-me com atenção… — Ele para parecendo escolher bem as palavras. — Sei que você esconde algo, se me contar, posso ajudar você. Tudo que peço é que confie em mim. 

Respiro fundo, se ele soubesse o problema que tenho, ele me entenderia, mas não posso falar!

— Estou bem Senhor Miguel.

A porta se abre de repente Cristiano entra com a cara fechada, apesar do grande esforço para mostrar o contrário.

— Desculpe, mas está na hora de tomar seus remédios, Gabi. — mente, como sempre fez, com muita maestria.

— Bem. Eu já tomei tempo demais de vocês. — Miguel levanta da cadeira, mas antes de sair olha para mim, e entendo bem seu olhar. — Até mais Gabriela.

Ele se vai e meu coração aperta em antecipação. Cristiano se aproxima.

— Hoje você receberá o pior castigo da sua vida. — Ele diz ao meu ouvido, — pensa que não vi, vocês abraçados, sua vagabunda. — Ele segura meus cabelos puxando. — Pensa que não ouvi o que falaram, você pagará e ele também!

— Ai, por favor, Cristiano! — Ele puxa com mais força.

— Você tem que entender Gabriela, você é minha, sempre será! Sou a PORRA do seu homem, sua cadela! Vadia! — Ele trava os dentes e me arrasta pelos cabelos…

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Assim que acordo no dia seguinte ouvindo a voz de Alzira, tento abrir meus olhos e não consigo, sinto tanta dor, que penso, que dessa vez não conseguirei resistir. Não posso me mover, nem um pouquinho. Pela primeira vez, Cristiano me puniu somente com surra, ele me bateu como nunca. Mas, pelo menos não senti seu corpo nojento no meu.

SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora