Miguel chegou de sua corrida matinal, mais cansado que o habitual, também estava pálido, fiquei preocupada assim que o olhei. Ele insistiu que estava bem, mas sei que não. Vi em seu olhar o cansaço incomum.
Ele estava tão cansado que tomou banho e me disse que precisava se deitar. Estranhei na hora, ficando em alerta. Meu coração se apertou e eu nem sabia o porquê desse sentimento.
Assenti, depois de um tempo deixei o livro que lia sobre a mesa e subi até o quarto. Constatei o que temia, que ele realmente não estava bem.
Desci e rapidamente comecei preparar uma canja, sei que é ótima na recuperação quando estamos doente. Após o preparo, subo levando a canja na bandeja improvisada.— Pronto, meu amor. Fiz uma canja, como meu pai me ensinou, você vai se sentir melhor. — caminho até ele que, com esforço senta-se.
Coloco as coisas em cima da cômoda e saio para buscar os pães.
— Pronto, agora deixe me ver sua temperatura. — coloco a mão sobre sua testa sentindo o calor do seu corpo. — Com febre não está, mas vou atrás de uma erva, talvez, eu encontre aqui, ela é ótima para infecção, gripe...
— Você não vai sair por aí sozinha, eu só preciso descansar um pouco, já já estarei melhor. — Fala forçando um sorriso, mas seu tom é incisivo.
— Miguel, não seja teimoso comigo, meu amor. — Levanto-me pegando a colher enchendo de caldo. — Abra a boca, vamos.
Ele sorrir, me obedecendo. O alimento sem pressa, devagar. Ele come tudo e fico grata a Deus, pois meu coração está apertado, nunca vi Miguel assim.
— Isso mesmo, assim que gosto de ver, você comendo tudo!
Limpo sua boca com o guardanapo, com todo cuidado. Pego todas as coisas e levo para cozinha. Assim que estou descendo as escadas, sinto uma tontura forte. Me seguro no corrimão de madeira. Espero até que a tontura passe. Dessa vez demorou mais que as outras. Minha vista quis escurecer, meu coração acelerou.
— Gabriela? Amor? — Escuto Miguel chamar. — Gabriela?
Deixo tudo na pia e subo devagar. Quando entro Miguel se prepara para levantar-se.
— Não se levante! — Vou até ele, tentando não demonstrar nada de errado.
— O que você tem, está pálida, você está passando mal de novo? Diga, Gabriela. — Fala tudo de uma vez.
— Não, estou bem. É impressão sua. — Ele me olha como se soubesse que escondo algo.
— Gabriela, pare de mentir.
— Miguel estou bem. — Falo com firmeza, pois estou, isso foi só porque, desci a escada rápido demais. É isso, falo para mim mesma.
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SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM ANDAMENTO)
RomanceGabriela era uma jovem comum, frequentava a escola, tinha amigos e apreciava a natureza, além de ser amada por seu pai. No entanto, sua vida deu uma reviravolta quando se tornou vítima da maldade de um homem profundamente perturbado. Agora, ela conh...