Estava terminando de separar as roupas limpas das sujas, quando ouço um barulho forte vindo do banheiro, na hora fico preocupado, Gabriela entrou à pouco tempo para tomar banho, corro até a porta e dou algumas batidas.
— Gabriela? Esta tudo bem? — Pergunto já ficando aflito.
— Eu caí. — Ela fala e escuto um gemido baixo de dor.
— Se machucou muito? — pergunto aflito com o coração em disparada.
— Não, eu acho. Já estou saindo. — escuto ela murmurar, com certeza está com dor e não é pouca.
Aguardo um pouco e ela abre a porta, ela está molhada ainda, parece que só vestiu a camisa que lhe dei e mais nada, desvio minha atenção de seus seios engolindo em seco, me sentindo sujo por ter olhado, mas não consegui evitar. Deus me ajude, pois, não consigo evitar as sensações no meu corpo, diante dela, que me olha um pouco constrangida.
— Eu acho que, machuquei meu pé. — Fala e olho para seu tornozelo que já estava começando a inchar.
— Licença. — Falo me aproximando e a pegando no colo.
Assim que a seguro em meus braços, meu corpo acende feito uma fogueira, “Senhor dai-me forças, tira esses pensamentos de mim!” Penso.
Subo as escadas com dificuldade, pois é estreito demais, a coloco na cama, e ela se ajeita puxando a camiseta para baixo. Ela está bem envergonhada, mas terei que olhar esse inchaço, pior que estamos distantes do centro da cidade e não podemos ir a nenhum hospital.— Licença, mas terei que olhar tudo bem? — Falo apontando para seu tornozelo, ela assente e começo a examinar, assim que meus dedos roçam sua pele, sinto uma sensação tão forte e abrasadora que me assusto.
Olho para Gabriela engolindo em seco, seus lábios estão entre abertos e suas bochechas coradas. Pisco algumas vezes tentando afastar o calor repentino que me invadiu, mais ainda os pensamentos que jamais poderia ter. Continuo olhando seu tornozelo brigando comigo mesmo internamente. Depois me afasto um pouco e começo falar com ela, mas evitando ao máximo olhá-la.
— Esta, inchado, mas tenho certeza que não quebrou.
— Me desculpe! — Ela diz e vejo que esta apreensiva.
— Ei! Não há motivo algum para se desculpar, foi um acidente. — Falo e ela arregala os olhos me encarando. — Arrumarei tecidos e improvisarei uma tala. Imobilizaremos, depois vou atrás de alguma erva para ajudar no inchaço e dor, amanhã cedo vou até à cidade e compro remédios. Agora esta ficando tarde, seria muito arriscado sair a essa hora e te deixar sozinha aqui. — Ela assente, saio do quarto determinado a arrumar as coisas que preciso, depois de um tempo volto com um pedaço de papelão e alguns retalhos que fiz com uma camisa velha.
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SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM ANDAMENTO)
RomanceGabriela era uma jovem comum, frequentava a escola, tinha amigos e apreciava a natureza, além de ser amada por seu pai. No entanto, sua vida deu uma reviravolta quando se tornou vítima da maldade de um homem profundamente perturbado. Agora, ela conh...