CAPÍTULO 30 - UM LUGAR INESPERADO

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Faz uma semana que estou na casa do Miguel, aliás, nossa casa, ele faz questão de me lembrar todo instante, mas ainda não me acostumei

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Faz uma semana que estou na casa do Miguel, aliás, nossa casa, ele faz questão de me lembrar todo instante, mas ainda não me acostumei. Fora tantas mudanças nesses últimos meses, que ainda me sinto deslocada. Esses dias, apesar de toda tensão, tem sido muito, bom. Miguel sai diariamente para a delegacia, mas sempre há policiais fazendo a segurança da casa, eu nem estranho mais. Para mim isso é algo que não me afeta, ao contrário, sinto-me mais segura. Dona Sônia é uma companhia para mim, além de me contar histórias engraçadas sobre Miguel e fatos corriqueiros do dia à dia.

Eu gostei muito dela, logo de início senti que era uma boa pessoa. Ela cuida da casa e do Miguel, desde que ele mora sozinho, exatos vinte anos, ela me disse. Ela conhece seus gostos, manias, passatempo e compartilhou comigo vários deles. Nessa semana também conversou muito comigo, tentando me convencer a deixá-la marcar consulta para mim.

Também gosto muito de ajudar no serviço da casa, me ajuda a ocupar a mente e o tempo. Gosto de me sentir útil, mas o que mais tenho sentindo saudades é de fazer os artesanatos e esculturas que fazia na casa de Suh.

Miguel anda um pouco estranho esses dias, nervoso e sempre o pego mexendo no aparelho celular que, ele comprou recentemente. Ele também me deu um, mas eu não sou ligada à essas coisas.

— Está muito pensativa hoje, menina. — Escuto Sônia.

— Sim, pensando na vida.

— Só isso mesmo? — Sônia senta-se no sofá ao meu lado.

— Também estou achando, Miguel estranho. — Confesso.

— São tantos problemas, ele se preocupa tanto com você e sua segurança. Não se preocupe, eu conheço Miguel há muitos anos, isso é preocupação.

Penso um pouco, Sônia tem razão, com tudo que estamos vivendo isso é muito normal.

— Tem razão.

— Agora mudando de assunto, precisamos marcar sua consulta.

— Eu sei, Sônia, melhor esperar um pouco, tenho medo de sair com aquele demônio à solta.

— Miguel e os policiais estarão fazendo sua segurança. Não tem que ter medo.

— Eu sei o porquê, tenho medo do Cristiano. Eu mais que, qualquer pessoa, sei tudo que ele é capaz. — Sônia segura minha mão.

— Eu imagino, porém, você precisa viver, não pode parar sua vida por causa dele. Confie em Miguel.

— Eu confio.

— Então vamos marcar. — Encaro Sônia. — Você já passou em alguma consulta, depois que… Você sabe.

— A Suh, levou uma médica até sua casa, que me examinou e passou alguns exames.

— Acredito que, deveria passar com uma ginecologista. Você fez algum exame de papanicolau ou para ver se está tudo bem por dentro, sabe?

— Sim, a médica me examinou.

SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora