Gabriela era uma jovem comum, frequentava a escola, tinha amigos e apreciava a natureza, além de ser amada por seu pai. No entanto, sua vida deu uma reviravolta quando se tornou vítima da maldade de um homem profundamente perturbado. Agora, ela conh...
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Estava tão chateada com Miguel, que mesmo depois que ele me explicou tudo, não conseguia parar de sentir a dor no peito. E quando o médico nos deu a notícia do bebê, eu fiquei incrédula, não conseguia assimilar as coisas direito. Dentro de mim, agora tem, vida!
Isso estava me assustando, e eu nem sabia o porquê estava com tanto medo. Miguel ficou tão fora de si quanto eu, mas ele estava sorrindo, parecia feliz. Por que, estava com essa sensação estranha? O peito parecia estar sendo esmagado, minha cabeça: estava um emaranhado de pensamentos, e o coração: de sentimentos.
Estou feliz? Estou bem? Eu não sei responder às perguntas que Suh me faz. Apenas, agarro sua cintura abraçando seu corpo, deixei as lágrimas escorrer por meu rosto. E choro, deixando os soluços escapar.
- Gabriela, meu Deus! Minha pequena, chore! Tudo que tiver engasgado aí, chore. - Ela alisa meus cabelos sem parar. - Estou com você, jamais ficará sozinha. Esse sentimento de medo, de confusão, vai passar. Eu prometo!
Fiquei ali, sendo acalentada como uma criança pequena. Me lembrei do meu pai, de como ele tinha paciência, como me consolava a cada choro, medo, dor... Sempre ao meu lado, para o que eu precisasse.
Depois de um tempo abraçada a Suh, ela se afasta segurando meu rosto, e me avalia.
- Agora proponho que conversemos! - Ela senta-se a minha frente. - Gabriela, sei que seu coração está apertado e doendo, mas sei que tem um homem lá fora, que está quase a ponto de ter um troço, porque ele é louco por você! - Reviro os olhos, e nem sei o porquê, fiz isso. - É sério, Gabriela! Miguel te ama demais!
- Ele me deixou de uma maneira que odiei! Senti tanta coisa ruim, ontem a noite. - Uma frustração me invade só de lembrar. - Ele devia ter deixado aquela mulher oferecida, rouba noivos, ter caído no chão!
Suh sorrir, e olho para ela, não acredito que ela está rindo de mim.
- Desculpa, Gabi. Mas você e Miguel são muito engraçados, muito fofos e ciumentos.
- Ciumentos? Eu não tive ciúmes!
- Imagina se tivesse... - Suh sorri ainda mais.
- Suh!
- Tudo bem, falemos sério. Acredita que Miguel, conseguiria olhar para outra mulher, te desrespeitar, trair você? - Sua pergunta soa tão absurda. Não imagino Miguel assim, ele sempre me respeitou, foi educado. O seu primeiro beijo, primeiro toque, foi comigo.
- Confio nele! - Sorrio e Suh segura minha mão.
- Então, aí está a resposta, Miguel precisa de você, tanto quanto você precisa dele. Não perca tempo fazendo exatamente o que aquela nojenta queria. - Assinto e ela respira fundo, parece mais aliviada.
- Você tem razão.
- Gabi, agora falemos do bebê, - Sua mão desliza até minha barriga, pousando sobre ela. - O que está sentindo com relação a isso?
