Gabriela era uma jovem comum, frequentava a escola, tinha amigos e apreciava a natureza, além de ser amada por seu pai. No entanto, sua vida deu uma reviravolta quando se tornou vítima da maldade de um homem profundamente perturbado. Agora, ela conh...
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O que será que está acontecendo comigo? Será que isso é o início de algo muito ruim?
Pode ser apenas, minhas regras que veio atrasada, muito atrasada por sinal, mas isso já aconteceu antes, meu ciclo sempre foi uma bagunça. É isso! Não ficarei nervosa sem saber. Depois de amanhã passarei no médico e informo isso a ele. Só de me lembrar que terei que ir ao um médico, ginecologista, minhas pernas tremem, mas agora não há como escapar.
Termino de tomar banho e percebo que o sangramento, não passou de algumas gotas, que estranho! Mas não há nada mais.
Saio do banheiro com um leve incômodo no ventre. Me assusto quando vejo Miguel sentado na cama. Ele me observa e faço o mesmo. Vou direto para o closet e pego uma roupa de dormir. Quando termino de colocar minha roupa, percebo seu olhar sobre mim.
— Boa noite, meu amor.
— Boa noite. — Passo por ele, e vou até à cama, me deito e me cubro. Não demora sinto ele deitando-se ao meu lado. — Gabi, está brava comigo? Não o respondo. Miguel anda estranho e eu estou sem paciência agora, para escutar desculpas, só queria que ele fosse verdadeiro e parasse de esconder coisas de mim.
— Por favor, fale comigo.
— Estou cansada, Miguel! — Ele me vira para ele. — Você sempre sai sem dizer nada, vive de segredos. O que está havendo? — Me sento na cama e ele faz o mesmo.
— Meu amor, não é nada…
— Nada? É essa a resposta?
Ele me encara, sei que ele está escondendo algo. Só não sei o porquê. — Amor… É só um caso difícil.
— E por quê, não pode me falar?
— Não quero que fique nervosa.
— Então fale, porque seu silêncio e mistério estão fazendo o oposto.
— Tudo bem, meu amor. Se acalme. — Ele segura minha mão. — Cristiano fez mais uma vítima.
— Ele… Matou mais alguém?
— Sim, e deixou um recado no lugar para sabermos que foi ele.
Estremeço imaginando. E sei que o recado tem a ver comigo. Agora tudo faz sentido, os seguranças em excesso. Os cuidados de todos à minha volta.
— O recado tinha a ver comigo, não é? — Miguel engole em seco. — Pode dizer, não minta!
— Sim. — Ele aperta minha mão, em um gesto de carinho. — Ele nos ameaçou, mas jamais permitirei que algo aconteça a você.
Suas mãos vão até meu rosto e me acariciam. Ele beija minha testa me puxando para um abraço.
— Ele nunca vai parar. Ele não aceita perder, esse é o jogo preferido dele. — Sinto minhas pernas tremerem.
