CAPÍTULO 8 - CASINHA I

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Depois de tudo que passei naquele inferno que Cristiano me prendeu, mal pude acreditar quando ouvi Miguel me chamando, a voz do meu anjo! Achei que estava sonhando, pois, tudo se misturava em minha cabeça e me sentia mole, mas assim que acordei no...

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Depois de tudo que passei naquele inferno que Cristiano me prendeu, mal pude acreditar quando ouvi Miguel me chamando, a voz do meu anjo! Achei que estava sonhando, pois, tudo se misturava em minha cabeça e me sentia mole, mas assim que acordei no dia seguinte, pude ver que tudo era muito real, e neste momento fiquei mais crente que Deus existe! Entrei em pânico no primeiro momento, por conta da minha mãe, mas Miguel me garantiu que Cristiano não fará mal para ela, pois precisa dela para seus planos. Apesar de estar muito aflita por dentro, estou sentindo algo muito diferente, que me ajuda a me sentir viva, e isso é estranho, pois sempre me senti morta por dentro, como uma flor murcha, e esse sentimento novo, assusta um pouco. Contudo, agora preciso conversar com Miguel, saber o porquê estamos fugindo, ao invés de desmascarar Cristiano.

Estou a algum tempo acordada,  olhando Miguel dormir, ele nem cabe direito na poltrona, fico me sentindo mal por ele está dormindo de qualquer jeito. Ele é grande e praticamente teve que dormir sentado na poltrona.
Ele se mexe um pouco e fico o olhando, deve estar muito cansado, para estar apagado desse jeito, me levanto devagar e vou até o banheiro, escovo meus dentes e saio devagar para fora do quarto. O dia esta agradável e o lugar é pacato, sento-me em um banco e observo os pássaros cantando e voando livremente pelo céu azul, fico feliz por não estar mais tão presa como antes e poder me sentir tranquila, ainda que, não por completo.

Depois de um tempo resolvo entrar,  tenho medo de alguém nos ver, mais propriamente, nos achar.

Assim que abro a porta Miguel está de pé perto da janela, fico um pouco sem graça, eu não entendo o porquê, tenho tanta vergonha dele, mas quando olho em seus olhos me sinto estranha, não sei bem explicar.

— Bom dia, Gabriela.

— Bom dia, Senhor Miguel. — Falo desviando o olhar.

— Não precisa me chamar de senhor. — Fala e sorrir de forma tímida. — Eu me assustei quando acordei que não vi você. — Diz e olho em seus olhos.

— Eu não quis acordá-lo, vi que estava muito cansado. — Falo e ele assente. — Eu só queria tomar um ar puro.

— Tudo bem, só me preocupei mesmo, nossa situação é complicada. — Fala e mais uma vez desvia seu olhar.

— Sen... Miguel, eu queria perguntar uma coisa. — Falo e ele me escuta atentamente. 

— Sente-se ligarei na recepção para trazerem um café, aí conversamos, tudo bem?

— Sim. — Falo e Miguel pega o telefone já discando os números. Ele pede nosso café da manhã e em pouco tempo estão batendo na porta e nos entregando.

Assim que pego minha xícara de café, ele me encara como se dissesse que posso falar.

— Bem… Por que estamos fugindo? Podemos voltar e depor contra Cristiano. 

SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora