Toques

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Meu coração batia com força e rapidez dentro do meu peito, mas eu já não estava amedrontado, apenas nervoso com aquela situação na qual eu fui colocado. Era como se tudo em minha volta estivesse parando lentamente, me fazendo focar unicamente nas mãos daquele indivíduo atrás de mim, essas que estavam sobre meus olhos e minha boca.

— Eu não vou te machucar. — Aquela voz não me era estranha, lembrava-me a voz da conversa por vídeo. — Você pode fechar os olhos? Eu só... quero ficar um pouquinho com você.

Assenti vagarosamente, sem saber se deveria fechar os olhos ou se deveria virar para vê-lo. Mas optei pela primeira opção, tendo em vista que desejava obter sua confiança e também sua amizade, porque ele me deixava curioso, me atiçava de formas inexplicáveis e eu queria entender.

Senti uma venda sobre meus olhos, mas isso não me deixou aflito ou coisa do gênero, isso apenas me deixou ansioso.

As mãos do outro, que percebi serem fortes, escorregaram por meus braços lentamente, mostrando o quanto ele aparentava estar querendo me conhecer com seus dígitos. E por mais que fosse um pouco estranho, a sensação de sua mão quente passeando por minha pele não era ruim.

Virei-me de frente para ele mesmo sem poder vê-lo, e fiz o mesmo que o estranho, tateando seu corpo lentamente. Senti que minhas mãos começaram por seu abdômen, esse que percebi ser bem trabalhado e obter alguns gominhos. Em seguida subi mais meus dedos, passando-os devagar por seu peito.

— Você é forte. — Constatei após um tempo. Suas mãos me trouxeram para mais perto, puxando-me de forma rápida pela cintura. — Vai com calma.

— Me desculpa, eu nunca gostei de alguém como eu gosto de você, isso me deixa enlouquecido. — Acabei sorrindo, chegando mais perto e escorando a cabeça em seu peito. Seu coração estava extremamente acelerado, o que me fez sorrir ainda mais. — Você é muito lindo, Jimin.

E me abraçou, acariciando meu braço e também meus cabelos. A sensação de estar ali com ele era a de mais pura paz. Ele estava me cuidando, me tratando com carinho, eu podia sentir suas mãos trêmulas e seu coração acelerado, e sentir tudo isso estava me deixando confortável, quase em estado de torpor.

O estranho pegou uma de minhas mãos e depositou um beijo sobre ela, em seguida entrelaçando seus dedos nos meus. Eu podia sentir que ele estava sorrindo, e apenas por imaginar isso acabei por também sorrir. Mais beijos foram distribuídos por minha mão, e outros foram trilhados por entre meus cabelos.

— Você é tão cheiroso. — Comentou.

— Você também. — E era verdade, seu perfume era forte e inebriante. — Por que eu não posso ver você? Eu estou curioso.

— Porque eu sou só um covarde. — Seu tom veio baixo, próximo ao meu ouvido. — Não posso ser quem sou.

— Comigo você pode. — Afirmei, voltando a caminhar com minhas mãos por seu corpo, subindo por seu pescoço para chegar ao seu rosto. — Mas eu vou respeitar seu espaço, respeitar seu medo ou seja o que for.

Um beijo foi depositado em minha bochecha, e eu me senti envergonhado repentinamente. Sua risada ecoou pela sala de aula, e aquele som era tão lindo que eu me senti tentado a causá-lo todos os dias dali em diante.

— Obrigado, bebê. — Um sorriso enorme se estampou em meus lábios ao que ele me chamou de tal forma. — Você gostou dos presentes que lhe dei? — Assenti em concordância. — Eu iria te dar outras coisas, mas... achei que eram ousadas demais.

— Que tipo de presentes? — Foi impossível não esboçar um sorriso malicioso.

Será que eu seria um louco por admitir minha... peculiar coleção de brinquedos eróticos? Porque eu tinha alguns, mesmo que fossem poucos. Eles eram bem... prazerosos, digamos assim.

My Sweet Baby | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora