⠀⠀⠀Um mundo vivo, recheado de criaturas fascinantes, ambientes fantásticos e rico tanto na sua diversificada cultura, quanto em sua religião, são apresentadas no primeiro volume dessa série, que explora esse universo de fantasia e seus personagens...
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⠀⠀⠀Conforme prometido pelo chefe Albo, os dois amigos foram escoltados em segurança para fora da floresta dos sussurros. Lothar percebeu que eles haviam sido levados para os limites ao sul, estando agora a poucos metros de distância de Hexagônia, a cidade mais próxima daquela região. Campina Verdejante se encontrava muito mais distante, em algum lugar a noroeste de onde eles estavam.
⠀⠀⠀O cavaleiro agradeceu ao grupo de caçadores que os trouxeram e embora tenha sentido falta da presença de Quino, decidiu em não fazer perguntas.
⠀⠀⠀― Tá legal Lothar, qual a ideia brilhante? ― Kuro perguntou.
⠀⠀⠀― Pra falar a verdade, eu não sei bem. Acho que devíamos ir pra Hexagônia e decidir o que fazer lá.
⠀⠀⠀― Hexagônia? Fala sério... ― ele bufou.
⠀⠀⠀― Eu sei que você não gosta. Também queria evitar de passar em lugares movimentados enquanto estão me procurando, mas a gente precisa de comida e suprimentos antes de decidir nossa próxima rota. É a cidade mais próxima, você sabe.
⠀⠀⠀― Sei o quê? Desde quando eu entendo de geografia, Lothar? Não sou um daqueles almofadinhas que ficam atrás de livros!
⠀⠀⠀― Tudo bem, só confia em mim nessa.
⠀⠀⠀― Tanto faz.
⠀⠀⠀― Ei! Lothar, Kuro, esperem! ― Uma nova voz chamou atenção da dupla.
⠀⠀⠀Os dois amigos se viraram, encarando aquele que os chamavam a atenção e ficaram surpresos ao verem que se tratava de Quino. A surpresa não estava na presença daquele druida em si, mas sim na forma como ele estava vestido e no que carregava. O filho do chefe usava uma roupa de viagem comum, do tipo que qualquer homem de Val'lar poderia usar sem chamar a menor atenção. Em suas costas carregava uma mochila feita de pele de animal, que pelo balançar e o barulho, parecia estar relativamente cheia de tranqueiras. Não dava pra esconder as tatuagens tribais em seu rosto, mas tirando esse detalhe, quem o visse poderia muito bem o confundir com um "homem da cidade".
⠀⠀⠀Ele alcançou os dois aventureiros e tomou folego antes de abrir novamente a boca para se explicar:
⠀⠀⠀― Que bom, vocês não foram muito longe! Eu gostaria de falar mais uma vez com os dois antes que estivessem longe da floresta.
⠀⠀⠀― Bom, estamos aqui e ouvindo. O que quer de nós, Quino? ― Lothar perguntou.
⠀⠀⠀― É sobre o meu pai e sobre mim também. Ele ainda está pensativo e distante. Não mudou nada desde que você retornou do lago. Acho que vocês dois realmente deixaram uma impressão na percepção dele sobre o mundo do lado de fora.
⠀⠀⠀― Oh! Desculpa, eu acho ― o cavaleiro respondeu.
⠀⠀⠀― Não! Isso é uma coisa boa! Em todos esses anos que ele me criou, nunca o vi assim.
