6 - Inicio de viagem

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  |Início de viagem

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|Início de viagem

"Você tem estado tão ocupado
Agora, infelizmente, eu sei o porquê
Seu coração é inalcançável
Apesar de que, Deus sabe disso,
você ficou com o meu"

I'm Not The Only One – Sam Smith

— Disse alguma coisa? — as expressões dele despertaram a sua curiosidade.

— Sei pra onde podemos ir, mas não vou te contar. — Alan parecia um pouco incerto sobre sua decisão.

— Por quê?

— Você merece ter uma surpresa boa hoje, e acho que vai gostar desse lugar. É a nossa melhor opção! — disse, virando o rosto em direção à janela assim que escutou o som de alguém batendo na porta dos fundos. — Ele chegou, checa a casa inteira, tranca as janelas e vê se já pegou tudo, não esquece de fazer algo para comermos na viagem. — e seguiu caminhando para fora do quarto, até o fim do corredor.

— Cara, eu quero pegar a pá dentro do meu carro e acertar a sua cabeça sete vezes! — Nathan entrou segurando uma mochila em suas costas.

— Você sabe que eu sou um santo perto de você, não é?

— Odeio esse trabalho! Onde tá o corpo? — parecia irritado, mas, ao mesmo tempo, acostumado, enquanto tirava um enorme saco plástico preto da mochila.

O jovem parecia preparado, vestia blusa de mangas compridas preta e uma calça da mesma cor, cobrindo seu corpo por inteiro. Usava também uma touca para evitar que fios de cabelo caíssem na "cena do crime" e luvas cirúrgicas grossas. O que poucas pessoas sabem é que se usarem as finas, podem deixar digitais no local, facilitando a investigação.
Não existe crime perfeito, mas podem existir fugas perfeitas.

— Na sala.

— Pega três panos para mim. Eu preciso de um pra tirar o sangue do chão, outro para me ajudar enquanto faço o curativo no pescoço, se não vai continuar sujando tudo, e o terceiro para fazer o meu truque final. — explicou, se abaixando perto de Clark, enquanto Alan voltava com o que havia pedido. — Se tirarmos o sangue do chão e do prego com um produto de limpeza comum, o que muitos criminosos fazem, deixa duas pistas para a polícia. O cheiro do produto e o fato do sangue só não aparecer a olho nu, enquanto os investigadores criminais têm produtos que, se passarem por cima, fazem o sangue aparecer na hora. Mas essa solução química aqui. — mostrou uma garrafa, que parecia ser água, em sua mão. — Ela remove pelo menos noventa e oito por cento, e não deixa cheiro. O melhor de tudo é que parece água, quem desconfiaria? Todos se preocupam com os federais, mas esquecem dos investigadores, aqueles caras são tão observadores que enxergam uma agulha fora do lugar.

— É, eu acho que você sabe o que está fazendo.

— Oi, Nathan. — Maya surgiu, indo direto para a cozinha, retirando quatro lanches que haviam na geladeira.

Runner's Soul - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora