30 - Jogos de xadrez - parte 1

5.3K 497 702
                                    

|Jogos de Xadrez - parte 1

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

|Jogos de Xadrez - parte 1

"Mordo minha língua, espero minha vez
Usando um sinal de advertência
  Espero até que o mundo seja meu
Visões, eu vandalizo
Fria na extensão do meu reino
Apaixonada por esses olhos oceânicos"

You should see me in a crown – Billie Eilish

Jack se sentou sobre a maca, observando Harlan deitado à sua frente.

— Fraco, eu fui esfaqueada e estou bem. Você nem ao menos conseguiu revidar! — o repreendeu.

O garoto não emitiu nenhuma resposta, não poderia contrariá-la. Simplesmente fechou os olhos.

— Se continuar usando cocaína, vai ficar cada vez mais fraco. — continuou ela. — E será descartável para a máfia.

— Não podem me matar, estou aqui há muito tempo. — contradisse.

— Acha que ele se importa com tempo? Acha que ele se importa com você? A partir do momento que for inútil, te matarão.

Alguém bateu na porta da enfermaria localizada no fundo da sede da máfia, e ambos os dois olharam.
Em meio ao corredor escuro, a porta se abriu, onde só poderiam ver o cabelo preto diante da forma humana alta e robusta ali.

— E então? — um tom rouco e forte ressoou contra as paredes.

— Deu certo. — Jack respondeu. — Os escorpiões agiram de acordo com o planejado. Eles caíram direitinho! Os soldados foram mortos como presumimos, mas...

— Mas você foi esfaqueada. — o homem completou. — Eu quero saber o que deu errado? Não te treinei a sua vida inteira para ser fraca, Murray! — observou ela abrir a boca para responder, mas levantou a mão para que ficasse calada. — Quero você no meu escritório principal, agora! — saiu, deixando todos em silêncio, inclusive as enfermeiras.

— Não vai me contar as partes do plano dele que estão escondendo? — Stewart virou o rosto.

— E por que eu faria isso? — nem se quer o olhou. — Eu não confio em você. — se levantou, chamando a enfermeira. — Me dê as muletas.

— Srta. Murray, você deveria ficar de repouso e...

— Não ouviu o chefe? Ele é o Capô de Las Vegas! O que eu devo fazer no momento é seguir ordens. — puxou as muletas e se apoiou, se esforçando sair da enfermaria e chegar até o elevador, apertando no último botão após passar um cartão de permissão que retirou de dentro de seu sutiã.

Aquele elevador era particular e só podia ser usado por quem tinha permissão.
Além da máfia, só uma pessoa poderia ir até o último andar, mas seu cartão se restringia somente para ele, caso quisesse descer muito até onde não deveria, uma voz no elevador afirmava que o número estava indisponível, tornando incapaz de ir.

Runner's Soul - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora