São poucas as pessoas que conquistaram a confiança de Maya Ross, e seu irmão é uma delas. Mas quando um tumor cerebral leva sua mãe a morte e Alan Ross mata o próprio padrasto em uma briga, não querendo voltar para a cadeia, os dois tem que sair de...
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|Monstros fora da cama
"Sim, tenho pegado aviões só por diversão Então eu assisto a fama se transformar em punição O tempo só fica ensolarado quando estou mal Eu realmente não mudei, é, eu só sou confiante
Into It – Chase Atlantic
Maya balançou a cabeça, incomodada e um pouco suada sobre a cama. Esfregou os olhos, acordando contra sua vontade, por ainda estar ouvindo o maldito barulho. Se levantou ao notar que o som vinha da janela de seu quarto, enquanto a chuva ainda não havia parado. Seu celular marcava três da manhã enquanto as gotas de água acertavam contra o vidro.
— Que inferno! — reclamou por aquilo estar atrapalhando seu sono.
Não era somente a chuva que estava batendo na janela. Andou até lá, se esgueirando por trás da cortina ao ver uma pequena pedra ser jogada contra a madeira, e olhou para baixo. Uma figura alta toda vestida de preto, com os músculos marcados pela blusa de moletom com o zíper aberto, estava posta sobre o gramado. O sujeito desconhecido usava uma máscara, também preta, só que com uma mancha vermelha, como o rastro de uma garra a cortando do olho esquerdo ao lado direito do maxilar. Maya engoliu em seco, sem saber de quem se tratava.
Ele estava lá parado, impassível e imóvel a observando através do vidro com algumas pedrinhas na mão. O coração de Maya acelerou, descarregando um choque de adrenalina em suas veias, como se fosse sair pela boca. Tudo se amontoou em seu peito. A adrenalina sendo descarregada, o medo a atacando, e a curiosidade se acendendo. Sua garganta apertou, e as palmas das mãos começaram a suar. Ela não conseguia respirar.
Os demônios sempre permanecem lá enquanto você dorme.
Maya fechou os olhos, respirando fundo e tentando ter controle de suas emoções. Porém, era impossível fazer isso naquele momento.
Quem é esse? Se esquivou novamente para ver o sujeito mascarado do lado de fora, e desta vez ele olhou diretamente para ela, erguendo o rosto um pouco mais.
Estranhamente moveu a cabeça de um lado para o outro, em negação, e seus ombros tremeram brevemente.
Ele está rindo de mim? Franziu o cenho. Por Deus, esse cara está achando engraçado me ver com medo? Só era necessário um facão nas suas mãos e seria um clássico filme de terror!
Puxando um pouco mais o tecido a sua frente, o encarou por alguns segundos. Então, quando ele subiu a máscara com um sorriso de canto diabólico plantado em seu rosto, a maior parte do medo de Maya se transformou em ódio.
— Filho da puta! — sussurrou para si mesma, o observando sem se esconder, quando notou a boca dele se movendo em meio ao silêncio.
— Já sentiu saudades? — leu os lábios de Luke. — Vim te fazer uma visitinha.