22 - A garota que matou o irmão

8K 627 1.2K
                                    

|A garota que matou o irmão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

|A garota que matou o irmão

"Eu estava andando pela rua no
  outro dia
  Tentando me distrair
  Mas então eu vi seu rosto
  Ah não, espera, é outra pessoa

Bad liar – Selena Gomez

Todos já haviam voltado para a casa Connell, e o silêncio constante de Maya não passou despercebido.

— Maya. — Russell chamou, de mãos dadas com Ryder. — Aconteceu alguma coisa? — questionou, observando minuciosamente a garota olhar em sua direção e franzir o cenho de leve, pensando o que deveria responder.

— Não. — disse, erguendo o rosto ao ver Alana na ponta da escada, usando um dos pijamas que havia deixado lá na última vez.

    As duas iam muitas vezes dormir na casa uma da outra, e se acostumaram a deixar algumas peças extras, como vestidos, calças e pijamas, para quando precisassem novamente.
    Enquanto isso, Alan foi até o seu quarto para poder trocar de roupa. Ao entrar, ligou um abajur, deixando-o ser a única iluminação no cômodo, e retirou a jaqueta, jogando-a na cama, mas parou bruscamente ao ouvir um som baixo e estranho vindo daquela direção, que nem ao menos conseguiu identificar. Ruídos, talvez.
    Seus olhos foram de encontro a varanda, aberta com as cortinas brancas balançando ao vento.

— Não me lembro de ter deixado aberta. — pensou alto, escutando novamente o som que vinha de sua cama.

    Deu dois passos à frente, até notar algo se mexendo ali entre os lençóis claros. Se assustou, mas seguiu até arrancar com um puxão o emaranhado de tecidos.
Uma serpente.
    Havia uma serpente em cima de sua cama.

— Que porra é essa? — saiu de seus lábios, com o cenho franzindo-se em espanto.

    Outro barulho foi emitido. Passos na varanda.
    Virou seu rosto devagar, olhando debaixo para cima a pessoa em pé ali.
    As roupas pretas familiares até o sorriso petulante unido as covinhas mais provocativas de Las Vegas. Sem deixar de conter o palito fino sendo segurado entre os dentes.
Filho da puta. Alan pensou ao ver as íris azuis que o observavam fazendo questão de exalar superioridade.

— Olá velho amigo! — disse Luke, o pegando de surpresa.

    Alan paralisou por alguns segundos, não sabia o que pensar.
Como ele conseguiu meu endereço? O que está fazendo aqui?

— O que quer, Scott? — Ross já se encontrava completamente em fúria. — E não somos amigos! Além do mais, te conheço só há poucos meses e já apreciei o suficiente da sua personalidade insuportável.

    Mas Luke não lhe deu tanta atenção, foi andando tranquilamente até a serpente, que se enroscou em seus braços mais rápido do que o esperado.

— O que foi, Esmeralda? Esse imbecil te assustou? — mirou seus olhos, e depois se direcionou a Alan. — Tá vendo, assustou ela, Ross! — seu sorrisinho irônico fazia qualquer um sentir vontade de lhe acertar um soco. — E sobre a amizade, conhece o significado de sarcasmo no dicionário? Está precisando voltar ao jardim de infância, cara. — lançou-lhe um olhar zombeteiro.

Runner's Soul - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora