São poucas as pessoas que conquistaram a confiança de Maya Ross, e seu irmão é uma delas. Mas quando um tumor cerebral leva sua mãe a morte e Alan Ross mata o próprio padrasto em uma briga, não querendo voltar para a cadeia, os dois tem que sair de...
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|Dando a largada
"Você pode ser do seu jeito, como você quer? Você quer voltar na coisa, ou deveria insistir nela A temperatura está aumentando ok, vamos para o próximo nível Pista de dança lotada, quente como uma brasa"
Candy Shop – 50cent
Alan seguiu um pouco mais em linha reta, conseguindo ver outra grade com várias motos estacionadas, muito mais do que havia ao lado do Casino. O som da música e dos motores estavam mais altos do que no início, e Maya conseguiu reconhecer a letra. Sua curiosidade fazia o coração acelerar a cada batida que escutava.
— Vem, Alan! — ela disse descendo da moto e lhe entregando o capacete, correndo na direção da música antes que ele pudesse responder.
— Maya cuidado! Não sai correndo do nada. — Alan prendeu os capacetes na moto.
Deixar da maneira comum facilitaria para o roubo, mas ele fez um buraco na lateral dos dois capacetes há uns dois anos, e deu um jeito de passar uma corrente os prendendo a moto. Além disso, roubou um aparelho biométrico dos traficantes com quem trabalhava, decidiu fazer alterações, tornando possível ligar ele a qualquer automóvel, e para complementar, construiu uma bomba de curto alcance e juntou a suas digitais, instalando tudo em seu veículo de duas rodas. Qualquer um que tentasse roubá-la sem ter as digitais de Alan, ia explodir em cima da moto após dez minutos.
— É só seguir os carros, se eles foram pra lá, é porque a Alana estava certa, a corrida é logo ali! Afinal, não teria essa música se não fosse.
— Estamos em Las Vegas, é lógico que tem música em todo lugar.
— Eu sei, é que... — parou de falar assim que viu passar um Mitsubishi laranja em alta velocidade. — Meu Deus, é um Lancer evolution. — sua voz ganhou uma empolgação inexplicável.
— Como você sabe? — perguntou.
Mas Maya já estava correndo novamente sem escutá-lo.
Quando chegou ao fim da rua, por mais que já previsse o que havia lá, se surpreendeu da mesma forma assim que seus olhos focaram há trezentos metros de distância, centenas de pessoas entrando e saindo de um prédio não muito alto, era o estacionamento abandonado que haviam lhe dito, sem qualquer tipo de segurança, mas parecia estar em ótimo estado, se não considerasse as marcas de batidas nas colunas cinzentas com faixas azuis. À frente, conseguiu ver um homem baixo usando uma camiseta surrada e deixando o cabelo cair nos olhos, bem ao lado de uma catraca amarela, puxando uma alavanca para que subisse quando bem entendesse, permitindo assim os carros entrarem. E que carros, pensou Maya.
Havia para todos os tipos de criatividade, preto e branco, coloridos, personalizados com adesivos, equipados, e com diversas modificações para que se tornassem mais velozes e potentes. Únicos. Eram tratados como obras de artes originais feitas por artistas talentosos. Notou um grupo de garotos, aparentemente da sua idade ou um ano mais velhos, tentando entrar e sendo barrados, o que a fez lembrar sobre o que a menina que conversou perto do Casino lhe disse. Menores de quatorze não entram.