São poucas as pessoas que conquistaram a confiança de Maya Ross, e seu irmão é uma delas. Mas quando um tumor cerebral leva sua mãe a morte e Alan Ross mata o próprio padrasto em uma briga, não querendo voltar para a cadeia, os dois tem que sair de...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
|Segunda partida
"Tenho um segredo, você pode guarda-lo? Jure que esse você vai guardar Melhor trancá-lo em seu bolso, levando-o para a sepultura Se eu lhe mostrar, então eu sei que você não vai contar o que eu disse Porque duas pessoas podem guardar um segredo se uma delas estiver morta
Secret – The Pierces
Música. É o que meus ouvidos escutam assim que abro os olhos. Onde estou? Na rua, estou no meio da rua, e definitivamente não é o melhor lugar para estar agora, porque muitas pessoas tentam passar a minha volta depressa, ao som alto que atravessa os ouvidos de todos contanto a harmonia os rodeia. Conheço esse lugar. Há homens negros cantando, sentados em pequenos bancos tocando instrumentos diversos, parecem alegres. Roxo, amarelo e verde são as cores que predominam pela minha visão, mas existem muitas outras espalhadas por aqui. Nova Orleans é simplesmente perfeita. Existe algo aqui que me faz querer ficar, algo que me faz sentir que posso ser quem realmente sou. Não é algo, mas uma presença. Presença de quem? Afinal, estou sozinha, e usando um vestido preto bem curto e justo sem motivos aparentes, além do salto fino da mesma cor, e meu cabelo preso com algumas mechas soltas na frente. Parece que estou arrumada para alguma festa. Como vim parar aqui? Deitei na minha cama ontem a noite, como simplesmente poderia sair de Lottan City para Nova Orleans? Teletransporte, talvez? Não que eu acredite nessas coisas, porém a ciência sempre teve um lado aparentemente inacreditável, que nos faz imaginar o que há além do nosso mundo. E curiosamente uma das coisas que me vem à cabeça é uma situação entre dois personagens que amo da minha série favorita. Klaus e Caroline. Como queria que ela tivesse ido com ele para Nova Orleans antes, as vezes imagino o que aconteceria se tudo tivesse sido diferente.
Mas nada disso explica o motivo de eu estar aqui.
Estou andando pela rua desta incrível cidade que me faz perder o fôlego, quando sinto um toque tão quente e devastador que me faz sentir um arrepio de imediato e meu coração dispara como um raio. Porém, olho para trás, e não tem ninguém lá. Tem, mas não alguém que tenha encostado em mim, apenas pessoas comuns passeando.
— Queria ficar aqui para sempre. — comento, sozinha.
— Eu também, Mya. — ouço uma voz, e um sotaque britânico entra em meus pensamentos.
Eu conheço essa maldita voz. Mya? Por que diabos alguém me chamaria assim?
Olho para o chão e me surpreendo com o que vejo. Uma serpente dourada de olhos azuis. Tão azuis que chego a perder o ar de meus pulmões. O que está acontecendo comigo? Por que me sinto tão ofegante? Por que meu coração está disparado e estou tão arrepiada? O que me deixa assim? Quem? E por que parece que nunca me senti tão verdadeiramente viva?