São poucas as pessoas que conquistaram a confiança de Maya Ross, e seu irmão é uma delas. Mas quando um tumor cerebral leva sua mãe a morte e Alan Ross mata o próprio padrasto em uma briga, não querendo voltar para a cadeia, os dois tem que sair de...
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|Jogos de Xadrez - parte 2
"Pise no vidro, grampeie sua língua Enterre um amigo, tente acordar Classe canibal, matando o filho Enterre um amigo Eu quero acabar comigo"
Bury a Friend – Billie Eilish
Minutos antes em Las Vegas, Murray se apressava com um leve desespero surgindo em sua mente.
— Esse aqui, Matteo! — Jack apontou para um carro preto comum. — Usei ele esses dias e deixei umas peças de roupa extra dentro dele.
O homem abriu o carro para ela sem hesitar.
— Agora vire-se, vou me trocar! E garanta que ninguém me veja.
— Sim, senhora. — fez o que lhe foi mandado.
Com muito mais esforço do que costumava fazer, Murray vestiu uma calça de moletom fina, uma regata simples, e uma blusa escura com capuz.
— Está chovendo? — questionou, enquanto calçava um all star.
— Sim, senhora. — disse Matto, novamente.
— Pode se virar, estou pronta. — bateu a porta do carro ao entrar no lado do passageiro, e ele se acomodou como motorista.
Jack colocou um endereço no GPS do veículo, e Matteo estranhou, mas seguiu sem contrariá-la.
— Sabe o que dizem sobre chuvas em Las Vegas? Que é uma noite de sorte para criminosos, e de azar para os policiais. Porque a chuva limpa alguns rastros em locais abertos antes que os investigadores forenses, ou seja, os peritos criminais, consigam coletar todas as pistas. — contou Murray. — Imagino quanto sangue já foi perdido nos homicídios que tanto ocorrem na cidade do pecado, quantas pistas foram levadas pela água.
— Para onde estamos indo, Srta. Murray? — Matteo olhava para ela uma vez ou outra enquanto dirigia, extremamente curioso e confuso.
— Apenas pare quando chegarmos ao endereço, e não faça perguntas! — ordenou. — Isso é um assunto confidencial.
Enquanto observava as gotas de chuva baterem contra o vidro bruscamente, o carro parou em frente a uma boate barulhenta cheia de luzes neon, pichações espalhadas pelas paredes de fora e pela entrada, a qual possuía várias motos com garotos e garotas usando jaquetas de couro e jeans rasgadas. Como se alguém tivesse misturado uma boate neon adolescente com um moto clube do início do século. Jack saiu do automóvel após cobrir a cabeça com o capuz, deixando as gotas a atingirem por cima do tecido. Passou por um corredor largo cheio de pinturas e cores fortes, o que fez com que ela soltasse um grunhido, esbarrando em tantos corpos que se sentia em um formigueiro. O calor humano a atacou como um cobertor suado assim que adentrou o salão principal, encarando as pessoas rebolando e se esfregando umas nas outras no meio da pista, com dois bares circulares lotados. Todo o lugar em si parecia um ninho de insetos pela quantidade de corpos juntos.