São poucas as pessoas que conquistaram a confiança de Maya Ross, e seu irmão é uma delas. Mas quando um tumor cerebral leva sua mãe a morte e Alan Ross mata o próprio padrasto em uma briga, não querendo voltar para a cadeia, os dois tem que sair de...
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|Palpites certeiros
"Não apareça, não saia de casa Não comece a se importar comigo agora Vá embora, você é bom nisso Não comece a se importar comigo agora
Don't Start Now – Dua Lipa
Desceu do carro e se esgueirou passando pelas pessoas. Com o tempo foi fácil, não estavam mais grudados esperando a corrida, apenas conversavam, curtiam a música, se beijavam e outros discutiam. Mas nada tão grave, tudo parecia correr bem.
— Mustang Shelby GT500 CR 1967. — observou, soltando um suspiro, o nome daquele modelo era longo. — Você tem um ótimo gosto, escorpião fantasma!
— Ninguém me chama assim a anos. — sua voz saiu surpresa, ele estava mexendo com alguma coisa no motor, pegou um pano para limpar as mãos sujas e olhou para trás. — Quem diabos é você?
— Isso não importa. Motor Coyote V8 5.0, estou certa? — questionou, mesmo já sabendo a resposta.
— Escuta, onde estão os seus pais?
— Podemos pular essa parte e falar sobre o carro, Sr. Connell? Porque sim, sei que menores de quatorze não podem entrar, mas afinal já estou aqui dentro, o que mostra que a segurança de seus colegas é falha. — provocou. — Então, vou perguntar de novo, motor Coyote V8 5.0, estou certa ou não?
Ryder notou que em momento nenhum Maya se quer olhou o motor do carro, mantinha os olhos completamente focados nele.
— Como você...
— Como eu sei? Também ficaria curioso para saber como descobri o que aconteceu no verão de 2012, Sr.Connell, o modo como virou quem é hoje, sei exatamente quem você é, Ryder. Então, pelo jeito, sim, estou certa. Mas nem um pouco surpresa, essas pessoas são como uma alcateia onde você é o "líder". — fez sinal de aspas com os dedos.
— Pra quem você trabalha? — a olhou curioso, ou talvez estivesse assustado.
— Ninguém, mas você certamente trabalha pra alguém.
— Trabalho sozinho, garota. — disse exatamente o que ela esperava ouvir. — Tenho uma oficina.
— Ah, claro. — abriu um sorriso carregado de ironia. — Então não se importa se eu... — andou ao redor do carro. — Essa batida não é recente. — apontou para a lateral. — Tem esse carro faz tempo. Sua oficina deve fazer sucesso, não é, Sr. Connell?
— O que uma coisa tem a ver com a outra?
— Seu carro custa quase 300 mil dólares, e acho que já tem ele faz alguns anos, mas pelo que fiquei sabendo, você tinha apenas dezesseis no verão de 2012, e também sei que tem esse carro desde a adolescência, o que justifica a batida antiga. — cruzou os braços sem quebrar o contato visual. — Então, fazendo as contas, você tem vinte e três anos, não é um carro muito comum para adolescentes, não é, Ryder? — jogou a cabeça para o lado. — Vamos fingir que você tinha uma oficina de sucesso na adolescência e resolveu comprar um carro que custa quase 300 mil dólares.