trinta

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DOMINIQUE GONZALES

Cheguei no hospital com o coração disparando mais que o normal, prendi meu cabelo e tirei a pouca maquiagem que tinha no meu rosto ainda no Uber, mandei uma mensagem para o Bruno pois ele não atendia o celular e eu não achava justo não avisa-lo apesar de ser uma das minhas maiores vontades no momento.

– Cadê ela? – Eu pergunto assim que vejo meu pai na sala de espera com Arthur no colo que mordia algum brinquedinho despreocupado.

– Ela esta deitadinha na observação, sua mãe está lá, precisa pegar um adesivo de identificação pra entrar lá, pede para a recepcionista.

– Tá bom. – Falo indo até a recepcionista e me identificando, ela me entregou o adesivo de visitante e eu segui as placas onde mostrava a observação pediátrica, entro no leito que falaram que elas estavam e vejo minha bebê deitadinha em um bercinho, com o bracinho pulsionado tomando remédio na veia, sinto meu coração doer mais do que já estava.

– Oi filha.

– Ai mamãe, tadinha. – Abraço a minha mãe que dá um sorriso triste enquanto passa a mão em meus braços.

– Meu amor é a primeira vez de muitas, criança fica doente mesmo, a médica disse que vai passar aqui em alguns minutos, mas ela já está melhorzinha desde que chegou.

– Graças a Deus.

– Cadê o Bruno, não deixaram ele entrar?

– Ai mãe, hoje não foi o melhor dia, nós brigamos e eu vim de Uber.

– Filha, por que?

– Uma longa história, eu não quero falar sobre isso, eu nem deveria ter saído do lado da minha princesa... – Falo passando a mão em seus cabelos e a pequena abre seus olhinhos azuis fazendo um bico para chorar assim que me viu, eu não aguentei e quem começou a chorar fui eu.

Alice é toda perfeitinha, puxou os meus olhos azuis, e a boquinha carnuda do Bruno, eu diria que ela é a nossa misturinha perfeita, assim como Arthur.

– Oi, você é a mamãe? – Um médico entra e eu concordo preocupada.

– Sou eu.

– Sou o Dr Leonardo, atendi sua bonequinha quando ela chegou aqui, fizemos diversos exames que nos mostraram que ela está com um quadro de bronquiolite, é muito comum dar em crianças pequenas e bebês, fica tranquila que ela ficará bem em breve.

– Tem certeza que não preciso me preocupar?

– Tem casos mais graves, porém não é o caso da Alice, nós vamos deixar ela em observação o final dessa noite e amanhã, se tudo correr bem segunda feira vocês estão em casa, tudo bem?

– Tudo bem.

– Vou pedir para a senhora assinar os papéis da internação, e já liberam o quarto pra você subir com ela.

– Tá bem. – Falo passando a mão em seus cabelos lisinhos, minha bebê tinha o olhar curioso sobre tudo, meu coração de mãe estava na mão.

Eu assinei os papéis e conversei com a mamãe que disse que iria pedir para o papai ir para a casa pegar uma roupa para mim, e deixar o Arthur com Vera, agradeci pois estava em péssimas condições e precisava tomar um banho e colocar uma roupinha mais confortável.

– Você pode amamentar ela, o médico liberou. – A enfermeira fala e eu sorrio concordando, Alice podia até estar doentinha mas sua fome não acabava nunca, olho para ela enquanto ela mamava e fazia um carinho em mim, desde bem bebezinha ela fazia isso, era a coisa mais linda do mundo.

love again | bruno rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora