𝕋𝕖𝕞𝕡𝕠𝕣𝕖 𝔹𝕖𝕝𝕝𝕚

peças.

O deus demora para dormir, estava revisando tudo o que aconteceu naquele mesmo dia. Vento, Aquiles, a tia dele... Estava tão inquieto que teve que levantar correndo e ir para a varanda devido a uma falta de ar. O céu estava espetacular, pensou em mandar mensagem para Aquiles falando do céu, mas notou o que iria fazer:

— O que estou fazendo comigo? Perdi a cabeça?— Lembranças antigas começaram a flutuar em sua cabeça e isso o fez ficar mais uma vez com falta de ar— e isso volta...

Colocou a mão suavemente em sua boca e sentou no piso da varanda, colocou a cabeça encostada em seus joelhos, seu olhar estava cansado e sem seu brilho de sempre.

Ele estava se afundando nas lembranças até que Vento bateu na porta e logo em seguida entrou com algumas roupas na mão. Quando viu Saturno encolhido na sacada colocou as roupas na escrivaninha de Saturno e foi até o deus.

— Sa... Pode me falar o que está acontecendo ok?— fala se agachando em frente do garoto. Sua voz é como uma briza de verão, aquela briza que te alivia no meio de uma tempestade de calor.— Quer que eu o deixe?

O menino faz que não com a cabeça, os dois ficam imóveis e em silêncio, Saturno respirou fundo, parecia querer disfarçar um soluço:

— Você sabe o porquê de eu odiar eles?

— Não, quero saber por você, mas só se quiser.

— Ainda não quero.

— Ok, só estou feliz por você conseguir falar com alguém... Humano... Sem sentir ódio...

No mesmo instante Saturno tenta abraçar os ombros largos de Vento, contudo não conseguiu, então Vento o envolveu com seus braços largos, ele sabe que Saturno é forte, é um ser que raramente demonstra afeto e sentimentos de fraqueza e com isso Vento sabe que tem que tomar cuidado.

— obrigado por ser meu pai.

E então após minutos, Saturno dormira, vento o colocou na cama e logo em seguida saiu.

Saturno acorda com várias mensagens e uma ligação, ele pegou seu celular que estava carregando e viu quem estava ligando as 3:27 da manhã. Na tela do telefone estava escrito: Aquiles( ◜‿◝ )♡

— Oi!?— disse ele com uma voz arrastada de sono.

— Quer sair? Não agora.— cochichou o garoto entusiasmado.

— Oi?

— Só sei lá, é espontâneo, mas queria sair desse lugar e te conhecer.

Saturno ainda está raciocinando quando prestou atenção nos barulhos que estava vindo do outro lado da linha; Aquiles estava balançando seus pés ansioso.

Saturno ri e volta com a cabeça no travesseiro:

— Porra, que susto você deu!

—Amanhã de manhã beleza?

— Eu te busco e você vem para cá tomar café... Na verdade pode ser meu pai?

— Pai?

—Boa noite Aquiles— Saturno murmura em um tom de brincadeira, está quase dormindo.

— Obrigada, boa noite Sys.