-Cap. 13-

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Kendall insiste connosco para irmos uma festa e acaba por ganhar. Nós somos muitos para irmos todos no mesmo carro, então eu, Adam, Megan, Anna, Jade, Kendall e Amanda vamos na carrinha de Caleb (que a priminha conduz) enquanto ele e Havery vão na mota de Adam (não faz sentido nenhum, eu sei).
-Vira na primeira à direita -indica Kendall a Amanda.
-Eu sei o caminho, idiota! -dito isto, ela liga o rádio com o volume no máximo.
Oque se passa é que os lobisomens têm uma audição muito sensivel e cinco segundos depois de ouvir música rock a altos berros os nossos ouvidos começam a sangrar. Anna e Megan choram e Jade parece prestes a fazer o mesmo, Kendall cobre os ouvidos com as mãos e Adam também, eu simplesmente cerro os dentes e ignoro a dor e o sangue que me escorre dos ouvidos.
-Baixa isso! -berra Adam.
Ela baixa imediatamente e encosta.
-Oh meu Deus! -exclama- Vocês estão bem? O que se passa?
-Agora estamos -digo.
-Digamos que... Nós temos uns ouvidos muito sensíveis -completa Anna.
-Hmm -Amanda percorre o grupo com um olhar amargo- Ok.
E faz-se à estrada denovo.
Eu nunca tive necessidade de usar maquilagem, vestir um vestido, saltos altos. No acampamento nós não nos vestiamos assim. Não posso ignorar o quão sexy está cada um de nós. O meu vestido é azul-escuro bem curto e os meus sapatos têm saltos ligeiramente desconfortáveis e tiras à volta dos tornozelos. O meu cabelo está preso num coque solto e a maquilhagem bem simples. Vamos ignorar o facto de o meu pescoço e a lateral do meu rosto estarem manchados de sangue.
*****
Após algum tempo passado na casa de banho da discoteca, eu e as outras conseguimos livrar-nos do sangue e vamos divertir-nos. Sento-me ao balcão perto de Amanda.
-Vamos para a pista de dança? - pergunto.
-Vamos. Quero ver se encontro algum gato -ela pisca-me o olho.
-Miau- brinco.
Caímos na gargalhada. Vou até à pista e começo a agir como uma adolescente normal enquanto Amanda conversa com alguns rapazes. De repente, algo fica estranho. Um cheiro... um lobisomem... Não só um, um grupo deles. Sete ao todo. Localizo-o, um rapaz alto, bonito e nojento. Ele tenta agarra-la e eu fico entre eles. De repente a trupe toda forma uma barreira impenetrável de lobisomens entre Amanda e ele. Mais uns do grupinhos nojento se juntam.
-A julgar pelos meus cálculos... -começa Kendall.
-Nós somos mais doque vocês, estamos rodeados de pessoas, talvez queiram ir-se embora -interrompo.
Vejo os olhos de Adam mudarem de cor e os outros imitam-no.
-Tu não me pareces grande ameaça -o líder nojento dirige-se a mim.
-Aí é que te enganas -sorrio e mostro as presas- Eu sou a mais rápida, leve e com maior autocontrole de todos.
Geralmente, para mostrar as presas um lobisomem precisa de fazer a meia transformação completa, olhos, orelhas e garras, mas eu não.
-Wow.
-Não substimes quem não conheces -diz Adam. Sorrio torto.
-Só dizes isso porque andas a comê-la -cospe outro dos nojentos.
O meu lindo autocontrole perde-se e eu atiro-me à garganta dele e Adam faz o mesmo como mestre não estou a dar bons exemplos. Uma multidão junta-se à nossa volta e isso traz-me devolta à realidade. Largo o nojento número 2 e afasto-me.
-Adam, ignora -digo.
Ele solta-o e afasta-se também.
-Prazer em ver-te, priminha -o nojento número 1 pisca-me o olho- Vemo-nos por aí.
E a cambada de nojentos sai da discoteca.
-Pr-priminha?! - engasgo
-Vamos -Jade puxa-me pelo braço- Já houve diversão que chegue por hoje.
Caleb está demasiado cansado para conduzir a mota, então ele e a namorada vão no carro enquanto eu e Adam vamos de mota.
-Nunca andei de mota - admito.
-Senta-te, agarra-te a mim e não caias.
Rapidamente percebo que gosto de motas. O vento, a velocidade, é quase como correr. Sinto os músculos definidos de Adam através da sua t-shirt. Para! penso Devias estar a ignorá-lo e não a apreciar os seus músculos.
Chegamos a casa e eu só quero ir para a cama, cama cama cama cama...

Eu sou... um LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora