- Irmão Bom VS Irmão Mau
Levantei-me da cama rapidamente e raivosamente, coloquei um roupão por cima da minha indecente camisola, atravessei - num piscar de olhos - o apartamento e logo fui bater à porta daquele otário.
- ORTEGA!!! - berrei quase esmurrando a porta - Abre essa merda!
Não escuto nem sinal de alguém vindo me atender.
Como que os "almofadinhas" do prédio não estão escutando isso? Eles são sempre implicantes com a sonoridade dos apartamentos.
São tudo uns hipócritas…
Soquei a porta mais algumas vezes, mas nem sem sinal de almas vivas lá dentro.
- Vai com calma aí que não estou afim de ficar sem porta - uma voz grave soou atrás de mim. Fiquei petrificada.
Viro-me até a voz e identifiquei Guilherme - o irmão quase deus grego de Gabriel -, ele estava parado e me observando.
Assim como Gabriel, Guilherme também tinhas os cabelos dourados, os olhos azuis oceano e era alto - não tanto quanto o poste branquelo do irmão - e também era médico - neurocirurgião, no caso -, porém, logo as diferenças entre eles ficavam evidentes, e era perceptível o abismo que existia de um ao outro - principalmente na personalidade de cada um.
- Ah… É… É - comecei a gaguejar - Me desculpa! - Ele ainda está fixo em mim - É que está difícil me comunicar com aquela besta do Ortega.
Penso na péssima escolha de palavras que fiz.
- Me desculpe mais uma vez! Não queria chamá-lo assim.
Na verdade, queria sim! É isso o que ele é.
- E nem quis ofender seu sobrenome - meu tom de voz estava embaraçado e nervoso.
- Eu sei que não… - Guilherme se pronuncia - Mas cai entre nós… Gabriel é mesmo uma besta! - ele diz com um sutil sorriso no canto dos lábios.
Até nisso eles eram diferentes. Enquanto que um sorriso desses no rosto de Gabriel representa algo totalmente sexual e perverso, em Guilherme parece algo realmente genuíno.
- Mesmo assim, me desculpe! - insisto.
- Já disse que está tudo bem! - a voz grave de Guilherme soa tranquila e amigável - Agora, quanto a porta… - ele se aproxima do móvel e de dentro de sua mochila transpassada, uma molho de chaves com um chaveiro, no mínimo interessante, de uma mini estante com livros surgiu - Eu espero que tu não quebre ela, pois tenho a chave aqui e se quiser posso te ajudar a entrar e xingar o meu irmão.
- Isso seria maravilhoso! - digo tentando conter a alegria que invadiu meu peito.
Escorraçar Gabriel já é muito bom. Fazer isso com a aprovação do Deus grego do irmão dele, é melhor ainda!
Guilherme solta uma gargalhada. Acho que ele leu meus pensamentos.
Me afasto da porta e ele se aproxima mais para destrancá-la. A música ainda ecoava pelo corredor quando entramos.
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Como Ele & Ela ( Série: Amores Reais - Livro 1) DEGUSTAÇÃO
RomanceSabe quando duas pessoas se esbarram, seus olhares se cruzam, suas mãos se tocam e surge ali uma faísca? Bom... Pegue esse conceito, amasse e jogue no lixo, pois aqui não existiu nada de amor à primeira vista. Desde o primeiro instante, durante uma...