Ouvi um barulho alto, tinha alguém querendo derrubar minha porta.
- Abre a merda dessa porta, Samantha. Estamos atrasado.- Era o puto do meu irmão.
- AH JUNIOR, NÃO VOU HOJE, VAI EMBORA.- disse com uma voz rouca, e sem abrir os olhos, não tava muito afim de ir pra escola, tava de ressaca, por conta de ter praticado o ato de pular janelas tarde da noite e beber algumas bebidas "inofensivas", se é que me entende, minha noite passada foi muito foda, mas aquela patricinha, acabou estragando tudo!!! Ainda bem que vou embora dessa merda, não aguento mais viver com o meu pai, ele é muito chato, e não aceita que eu faça nada fora das regras dele. Mais tô cagando pra ele, ele me deixou com a minha mãe, quando era pequena, e se não mandava em mim antes, agora que não vai mandar mesmo.
- Aí que droga! Já são 6:30- disse, e levantei pra ir tomar banho, MANO, QUE PREGUIÇA, prendi meu cabelo gigante, de cor loira, e nas pontas rosas, num coque alto, pra não molhar, por que tava muito frio pela manhã, aliás, meu pai odeia o meu cabelo, affff, por mim eu era toda esburacada, cheia de piercings e tatuagens, quando eu for para o Canadá, semana que vem, e morar com minha mãe, vou fazer tudo isso, tô pagando pra ver a cara de trouxa do meu pai quando me ver.
- cadê a merda da minha escova?!- disse procurando - a. Olhei para debaixo da minha cama, e Ruffles estava lá, mastigando minha inocente e pobre escova de dente.
-ah filho de uma mãe!!- disse com raiva, Ruffles é o nome do meu cachorro, é o meu parceiro, o único que me aguenta calado, bom, talvez seja por que ele não saiba falar não é?! Ele me olhou com uma carinha de coitado, fiquei com dó, e deixei ele terminar de "assassinar" minha pobre escova, abri outra embalagem, escovei os dentes, tomei banho, e me vesti, coloquei um moletom da GAP, vermelho, por que estava frio, uma calça preta beeeeem colada, não curto calças ou shorts folgados, me sinto literalmente "cagando e andando", e uma sensação de "sou uma vareta ambulante, e o short fica um balão em mim" odeio isso, e um vans preto básico no pé, não Sam, na cabeça. Eu sou extremamente branca, e tenho os olhos azuis, os caras dizem que tenho o corpão, mais eu me acho uma baleia nadando em terra, aí no caso, seria uma minhoca gorda, por que baleias não nadam em terra, ah, foda se, penso muita merda. Fui no espelho passar só um lápis de olho, pra não parecer mais morta que já sou, e tirar um pouco dessa minha cara de bunda de mim, mais acho que nada desse mundo resolve, olhei no relógio e já eram 6:55.
-PUTA QUE O PARIU, VOU PERDER O ÚLTIMO TESTE DESSE ANO.- Disse estérica, lembrando da prova final, e sim, me importo muito com os meus estudos. Corri para o andar de baixo, descendo as escadas correndo, e tropecei na porra do penúltimo degrau.
-PORRA MEU!! -disse muito puta de raiva. Ouvi risadas, era a do diabo loiro do meu irmão, desgraçado.
- sua lesada KKKKKKKKKKKKKK - ele disse se contorcendo de rir. Affff, eu sou sempre assim, um desastre, só cai por que tropecei no meu cadarço, DE TÃO LERDA QUE SOU, e tava tão apressada, que esqueci de amarrar los. Entrei no carro e fomos, e eu como sempre, fone de ouvido. Não tenho muito assunto com o meu pai, ele é um chato, e não gosta de nada que eu gosto, então nem rola tentar puchar assunto, fui o caminho todo calada, só pra variar nos meus dias felizes pra cacete.
- sua mãe ligou. - disse ele sério, atrapalhando minha paz.
- o que ela queria?- falei com cara de tipo "caguei pra isso".
- saber se você realmente quer ir pro Canadá, morar com ela, e ela disse que tem uma surpresa pra você. - Aí meu pai, eu amo muito surpresas, minha mãe sempre sabe como me deixar entusiasmada pra algo, desde sempre, só vim morar com esse velho, por que ele é rico, e minha mãe tava em uma crise financeira, e ele por sentimento de culpa, se ofereceu pra ajudar. Só tô meio muito triste, por que eu vou ter que deixar minha vadia (melhor amiga) aqui em NY, queria tanto que ela fosse comigo, e morassemos juntas, o que não iria rolar nessa casa..
- Hum. - disse cagando novamente. E ele respondeu:
- você quer mesmo ir, filha?.- Disse sério.
- é o que eu mais quero desde que cheguei aqui. - disse com cara de tédio pra ele. E completei: - ah, e não quero nunca mais olhar na sua cara, papai amado.
- já pedi desculpas pelo o que fiz no passado, juro que não foi por que eu quis. - deixei cair uma lágrima relembrando cenas.
- não fala mais nada, por favor. - disse olhando pro caminho, e tentando disfarçar a lágrima que deixei cair. CHEGUEI NA ESCOLA, PUTA QUE PARIU, PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA TÔ FELIZ POR CHEGAR NA ESCOLA. Sai as pressas do carro, e ele disse:
- tenham um bom dia também, obrigada, xau.- Revirei os olhos e bati a porta do carro zerado dele, com toda minha força, deu pra ouvir ele choramingar e resmungar, por quase "machucar" o filhote dele. E ri comigo mesma. Minha escola é bem grande, mais parece mais um hospício, eu sai as pressas, e correndo pra chegar a tempo, e esbarrei numa muralha, moreno, dos olhos claros, e UOOOOU, ME FODE. Ele olhou pra mim e disse:
- desculpa princesa, tava de cabeça baixa.- disse com um sorriso muito PUTA QUE PARIU - ME FODE- POR FAVOR. Mais perai, princesa? KKKKKK que gay. Tô fora. Juntei meus livros e cheguei na minha sala, o professor não havia chegado, ainda bem. Me sentei no fundão, onde a vadia da Isa tava sentada me esperando com cara de tédio.
- onde você tava sua puta? Por acaso anda fazendo seus programas a essa hora da manhã?. - disse ela, com um ar sarcástico. E eu retruquei:
- claro minha querida, meu ganha pão. - disse jogando o cabelo, e imitando um traveco, bom, não sei por que fiz isso, mais ela riu. Completei:
-tô zoando, dormi de mais. - disse rindo.
- pra variar né, dona Samantha!- disse irônica. Vai tomar no cu, odeio meu nome, e ela faz pra me provocar, vaca!!! Me sentei atrás dela, e o professor chegou logo depois, e nos passou o teste.
A aula acabou. Graças ao meu bom Deus, não aguentava mais olhar pra cara de macaco com hemorróidas, daquele professor.- amiga, vamos almoçar no shopping hoje? Quero te contar uma surpresa!. Disse Isa com um sorrisão no rosto.
- Aí meu Deus, Isadora, diz pra mim que não tá grávida!?- disse com ironia.
- o teu cu sua puta de trinta homens.- Isa retrucou.
- Trinta homens tua mãe!! - Disse dando a língua.
- ela também-. Rimos juntas. E pegamos um táxi pra ir ao shopping, meu pai me deu um cartão sem limite, então eu gasto com o que eu quiser, na hora que eu quiser, aquele velho caga dinheiro, só pode! Ele trabalha com tráfico de drogas. É, eu sei.. Um dos motivos de ele ter saído de casa. E sim, eu vivo constantemente sob perigo dos inimigos dele. Mais tô cagando pra isso. Só pra variar rsrs, gosto de sentir a adrenalina do perigo. E já estávamos chegando ao shopping, e Isa não calou a boca um segundo, falando sobre o carinha que ela pegou ontem, na festa em que eu tive que ir escondida, por que o velho babão não me deixa fazer porra nenhuma.
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No limits
FanfictionSam, ou para os mais próximos, Samantha, o nome pelo qual odeia ser chamada. Veio de Nova York, para o Canadá, tem 17 anos, e não vê a hora de completar 18, seus pais são separados, um dos motivos de ela ter ido embora de NY. Uma linda garota, e uma...