Sexta-feira, 10:10 AM
Sexta é aquele dia da semana que te deixa animado e até de bom humor, e isso sempre acontecia comigo, mas o problema é que não foi assim que aconteceu hoje. Eu estava pra baixo, me sentia completamente vazio e sozinho, claro que estar sozinho nunca foi um problema pra mim já que convivo comigo mesmo desde que nasci, sempre preferi ficar mais no meu canto, então ficar sozinho meio que já fazia parte da minha vida, mas não hoje. A sensação de estar no fundo do poço tinha vontade novamente junto com meus pensamentos negativos e para evitar ficar mais deprimido, resolvi sair para andar um pouco pela praça.
Dei várias voltas na praça até decidir sair de lá antes que alguém acabasse chamando a polícia achando que eu era algum pedófilo. Enfim, estava andando pela rua que pego para ir até a cafeteria quando sou abordado por dois gatinhos muito fofos, um era branco com algumas manchas preta e o outro era branco com algumas listras em tons de cinza e marrom.
- Oi, lindinhos. - falo baixinho enquanto agachava no chão para fazer carinho nos gatos. - Vocês têm donos? - pergunto e os dois soltam alguns miados. - Vou considerar isso como um não.
- Eu também. - alguém fala perto do meu ouvido me assustando. É hoje que encontro Deus, se é que realmente encontro ele. - Desculpa te assustar novamente. - a pessoa fala enquanto gargalhava de minha reação. Tinha que ser Minho, só ele pra rir desse jeito... Desde quando reconheço as risadas das pessoas?
- Quantas vezes tenho que falar pra não fazer isso? Quer que eu morra? - pergunto fazendo um leve drama.
- Ah, Hannie, não é pra tanto. Você nem morreu, está inteirinho e vivo ó. - Minho fala e cutuca minha bochecha.
- Está fazendo o que aqui, assombração? - pergunto pegando em sua mão, afastando-a de perto da minha bochecha.
- Estava indo na veterinária pegar o Dori, mas aí te vi aqui agachado como se estivesse cagando em uma posição até que fofa, então resolvi falar contigo. - Minho responde.
- Ah... esperai, cagando? - pergunto confuso.
- As pessoas geralmente ficam desse jeito para cagar em lugares onde não se tem banheiro. - Minho explica apontando para o modo que eu estava agachado.
- Ya! Eu não estou cagando!! - falo sentindo meu rosto esquentar.
- Eu sei, até porque precisa abaixar as calças pra cagar... ao menos que você cague nas calças.
- Ai, Minho, vai se foder. Para de ficar falando coisas estranhas e constrangedoras.
- O que tem de constrangedor? Todo mundo caga ué. - Minho fala enquanto fazia carinho nos gatinhos.
- Mas é constrangedor. Se eu chegasse falando isso pra ti, você não ia achar o mesmo? - pergunto arqueando a sobrancelha.
- Não.
- Você é estranho. - murmuro. Minho solta suas típicas risadas meio estranhas, mas totalmente fofas. Não que eu ache as risadas dele fofas, nunca que acharia isso.
- Você não tinha que estar na aula? - Minho pergunta.
- Aula vaga e você?
- O mesmo. - responde e ficamos em silêncio, apenas fazendo carinho nos gatinhos. - Então, vai adotá-los? - Minho pergunta quebrando o silêncio que tinha se formado antes.
- Até queria, mas não cuidar muito de gatos. Não sou muito bom nisso. - falo sorrindo sem graça.
- Oh, eu posso explicar como cuidar deles. É bem fácil cuidar de gatos, na verdade, você consegue pegar o jeito rapidinho.
- Sei não viu. - falo incerto. - A última vez que cuidei de algum animal, foi de um coelho branco com os olhos vermelhos. Aquele coelho era o próprio demônio, ficava correndo atrás de mim! Aposto que queria minha alma. - falo fazendo Minho rir alto. - Oh, sua risada é gostosa de escutar. - falo sem pensar. Só fui dar conta da burrada que tinha feito quando Minho tinha parado de rir e ficado quietinho, todo envergonhado com as orelhas vermelhas. - Desculpa.
- Tudo bem. Eu... hum... Obrigado. - Minho agradece enquanto coçava a nuca. Desvio o olhar para o gatinho em minha frente ficando quieto, sem saber o que falar. - Enfim, eu posso te ajudar a cuidar dos gatinhos, se você quiser é claro.
- Olha... eu aceito se não for te atrapalhar. - falo olhando para o mais velho.
- Não vai. - Minho fala sendo sincero.
- Tudo bem então, aceito sua ajuda. - falo sorrindo e Minho retribui o sorriso.
(...)
- Entendeu tudo o que eu te disse? - Minho pergunta.
- Sim. - respondo enquanto deixava as coisas que tinha comprado em cima da mesa.
Eu e Minho estava em meu apartamento, tinha acompanhado ele na veterinária, pois precisava levar os gatinhos para ver se estava tudo bem com eles e comprar algumas coisas essenciais para eles como potinhos, ração, shampoo apropriado para gatos, alguns brinquedos e entre outras coisas. Acabou que ele me acompanhou até onde moro por pura insistência da parte dele e aqui estamos, com meus novos companheiros avaliando o lugar que eu moro junto com o gato dele.
- Mais tarde mando uma mensagem repassando tudo o que tinha dito porque tenho certeza que você vai esquecer. - Minho fala me fazendo rir um pouco.
- Tudo bem, obrigado.
- De nada. - Minho fala sorrindo.
De certa forma, estava gostando de ter a companhia de Minho, até que ele é legal.
- Nossa, que coceira. - Minho fala enquanto coça os olhos.
- O que aconteceu? - pergunto um tanto preocupado com o mesmo.
- Aish, deve ser a falta de vitamina S atacando novamente.
- Que vitamina S? - pergunto confuso.
- Seu pau. - Minho fala sorrindo malicioso.
Mentira, retiro tudo o que eu disse. Minho não é legal!!
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.Em relação aos gatos que foram citados, eles meio que foram inspirados no meu gato e da minha irmã. Tentei detalhar o máximo que consegui, mas acho que ficou com confuso então aqui está o link da aparência deles.
https://pin.it/7pGx6ii
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Euphoria - Minsung
FanfictionEm um dia normal como outro qualquer - ou quase -, Han Jisung andava pelo corredor da escola junto de seu melhor amigo, Lee Felix, quando acabou esbarrando em ninguém mais, ninguém menos que Lee Minho, o garoto a qual todos tinham um certo medo, mas...