Valorize sua mãe porque um dia ela será minha sogra

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Quarta-feira, 18:10 PM

Minho e eu estávamos no meu apartamento assistindo o filme Como treinar seu dragão 3, quer dizer, o Minho estava assistindo até porque eu estava quase dormindo com o cafuné que ele fazia em meus cabelos. Por insistência de Minho, eu estava deitado em cima dele porque segundo ele, o sofá era pequeno demais para ficarmos deitados sendo que meu sofá é retrátil então nem tinha lógica, mas quis fazer a vontade dele porque não estava nem um pouco afim de discutir.

Eu estava quase adormecendo novamente quando alguém começou tocar a campainha incessantemente me irritando com o barulho.

- É melhor você atender, Hannie. - Minho fala pausando a série e dando uma batidinha na minha bunda.

- Já vai!! - grito estressado. Levanto sem um pingo de voltando alguma, caminho em direção a porta e a abro vendo minha mãe segurando uma vasilha de lasanha na frente dela. - Mãe?!

- Quanta demora pra abrir uma porta, Ji. Eu poderia ter uma câimbra por ficar esperando. - Seoyun fala.

- Quanto drama mãe.

- Drama vai ser meu chinelo nessa sua carinha fofa, meu filho. - Seoyun fala apertando minhas bochechas. - Como você está? - Seoyun pergunta enquanto passava por mim, entrando no apartamento. - Oh... vejo que está bem acompanhado. - Seoyun fala em um tom malicioso.

- A-Ah... prazer senhora Han, eu sou o Minho. - Minho comprimenta minha mãe meio sem graça. Tadinho, vai ter que aturar ela pelo resto do dia.

- Ora, que isso, me chame de Seoyun. - Seoyun fala sorrindo gentil.

- Tudo bem, senho... Seoyun. - Minho fala arregalando levemente os olhos pelo quase erro.

- Fofo. Gostei do seu namorado, Ji. - Seoyun fala deixando o clima um pouco desconfortável.

- Ele não é meu namorado, mãe. - falo tentando não soar grosso.

- Não? Que pena, mas ainda podem ser namorados e tem meu total apoio.

- Somos apenas amigos, mãe.

- Vai mesmo deixar esse bonitão escapar, meu filho? Quanto burrice viu.

- Mãe, por favor, não começa.

- Começar com o que, Han Jisung? To fazendo nada e olha lá como fala comigo, garoto. Sou tua mãe e não teus amigos. - Seoyun fala enquanto ia para a cozinha.

- Desculpa. - sussurro apenas para Minho escutar.

- Tudo bem. - Minho sussurra.

- Você ainda tem chances de fugir. - falo e na mesma hora, minha mãe nos chama para comer lasanha.

- Relaxa, Hannie. Sua mãe é super legal, então eu aguento de boa.

- Super legal. - murmuro.

(...)

Sempre amei minha mãe, ela sempre esteve por perto nos piores e melhores momentos da minha vida. Minha mãe sempre se manteve forte, independente da situação que fosse, ela sempre se manteve de cabeça erguida, lutando para vencer quaisquer que fosse o problema.

Eu tinha cinco anos quando meu pai nos deixou, lembro bem pouco daquele dia, pois o único momento que vem a minha mente, é dele prometendo que estaria sempre ao meu lado mesmo não morando mais com nós, mas quem realmente ficou ao meu lado, foi minha mãe. Mas teve um tempo que achei que ela iria deixar de me amar quando soubesse que seu único filho é gay, porém sua reação foi apenas rir da minha cara como se aquilo fosse a coisa mais óbvio do mundo e me abraçou logo em seguida. Aquele foi o dia que mais chorei na vida inteira, podia ter feito até uma piscina com minhas lágrimas.

Enfim, eu realmente amo muito minha mãe, mas tem situações que minha única vontade é de enfiar minha cabeça debaixo da terra igual um avestruz. Dessa vez não estava sendo diferente, estávamos sentados na cozinha, comendo lasanha quando minha mãe inventa de contar TODAS as vergonhas que já passei desde criança até agora pro Minho... mãe, por quê a senhora é assim?

- Mãezinha querida, acho que já está bom, né? - pergunto sorrindo forçado.

- Tudo bem... ah, teve um dia que o Jisung inventou de querer dançar na quadrilha e quando chegou o dia, ele começou a chorar feito um bebê chorão e saiu correndo até mim, deixando a parceira dele sozinha no meio da roda. - Seoyun fala fazendo Minho gargalhar mais ainda.

- MÃE!!

- Parei. - Seoyun fala levantando as duas mãos pro alto.

- Ai, Hannie. Não sabia que você era assim. - Minho fala limpando as lágrimas que tinha escorrido de tanto rir. - Você era uma pestinha quando criança, viu.

- Ele era mesmo. - Seoyun concorda soltando um risinho baixo.

- Bom, infelizmente tenho que ir agora. Foi um prazer conhecer você, Seoyun. - Minho fala enquanto se levantava e ficava ao lado de minha mãe, pegando em sua mão e deixando um beijinho nela. Metido.

- Oh, o prazer é meu, Minho e espero vê-lo mais vezes.

- Também espero.

- Eu acompanho você até a porta. - falo me levantando.

- Ta. Tchau, tia. - Minho fala se despedindo de minha mãe.

- Tchau, Minho. - Seoyun se despede. Saímos da cozinha e fomos para a sala onde o acompanho até a porta. Ficamos parados de frente um para o outro sem saber o que falar.

- Hum... gostei de hoje. - Minho fala.

- Claro que gostou, minha mãe só contou das vergonhas que já passei. - falo cruzando os braços.

- Tem isso também. Enfim, até amanhã, Hannie.

- Até. - falo dando um tchauzinho pro mais velho que se afastava aos poucos, mas para no meio do corredor e se vira.

- Ah, Hannie.

- Sim?

- Valorize sua mãe porque um dia ela será minha sogra. - Minho fala dando uma piscadinha e volta a andar novamente.

- Mas não perde uma, viu. Esse sem vergonha.

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Achei esse capítulo meio nhe, mas ainda é um ponto importante para o desenvolvimento da fic.

Só para vcs terem uma ideia, essa história da quadrilha é minha kkkk. É por isso q hj em dia ñ gosto de dançar em público, q vergonha cara.

Espero ñ ser a única q tenha passado por isso kk

Enfim, espero que tenham gostado 🐱🌈💜

Euphoria - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora