Rosas são vermelhas, violetas é tudo azul...

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07/06/2016

Terça-feira, 12:29 PM

Um mês havia se passado rápido demais, nesse meio tempo, eu e Minho nos aproximamos bastante e quando digo bastante, é porque é bastante mesmo. Só fui perceber isso ontem quando estávamos trocando mensagens até o amanhecer, e que inclusive, descobri que o cara que não pode ser meu pai, é na verdade o Minho... é, acho que isso estava mais que óbvio só eu que preferi me fazer de cego mesmo... Acontece.

Minho se tornou uma pessoa muito especial para mim e odeio admitir isso, mas ele realmente conquistou esse lugarzinho na minha vida. Nada mudou em relação a nós dois além de nossa aproximação... parando para pensar... Teve algumas coisas que mudaram como mais demonstração de carinho vindo dos dois, nos tornamos aquele tipo de pessoas bem carinhosas e que um dia juramos odiar. Olha só como a vida é uma verdadeira filha da puta e ainda por cima é sacana.

De alguma forma, perceber como nossa relação evoluiu, mexeu com meus sentimentos de uma maneira bem intensa eu diria, até porque o cara na qual você jurava de pés juntinho que odiava, acabou se tornando uma pessoa mais que especial pra você e isso aconteceu do nada, sem ajuda de ninguém. Minho me deixa realmente confuso, ele em si é confuso, mas confuso no sentido bom.

O Felix e o Jeongin sempre falam que somos soulmates no sentido amoroso, mas acredito que está mais para amizade mesmo, afinal, é um pouco estranho pensar no Minho como namorado, não é impossível, pois já imaginei nós dois juntos, é apenas um pouco estranho mesmo. Ah, por falar em Jeongin, foi por causa da minha aproximação com Minho que acabamos unindo nosso grupinho de amigos, claro que o nosso grupo iria se juntar uma hora ou outro por causa do envolvimento dos meninos - Chan, Felix, Hyunjin e Jeongin -, mas digamos que apenas adiantamos as coisas.

Enfim, eu estava na casa de Minho esperando a madame parar de procrastinar para irmos juntos para a cafeteria, motivos? Nenhum, ele apenas vai junto algumas vezes porque, segundo ele, gosta da comida de lá, mas sei não viu. É como diz aquele ditado: "tem caroço nesse angu", e com toda certeza vou descobrir.

- Vou chegar atrasado por sua causa, Lino. - falo tentando chamar a atenção do mais velho que brincava com Soongie.

- Já vou. - Minho fala repetindo a mesma frase desde que cheguei ali. Fecho os olhos contando até dez mentalmente, minha maior vontade no momento era meter um chute na bunda do Lee, mas não faria por respeito a mãe dele.

Minho morava com seus pais, Lee Hayun e Lee Jihoon, eles são super gentis, ao contrário do próprio filho. Na primeira vez que vim aqui - a força mesmo já que o Minho praticamente me arrastou o caminho todo -, fiquei tão nervoso com o olhar que o pai dele me dava que jurava que a qualquer momento, ele pularia no meu pescoço, até parecia aqueles casos onde o namorado é apresentado para os pais, sempre achei muito exagero essas reações, mas depois daquele dia, nunca mais julguei mais ninguém por ter sofrido na própria pele.

Continuando, foi graças a Hayun, mãe de Minho, que me salvou de ter o pescoço arrancado, inclusive, ela é um doce de pessoa. Vocês provavelmente estão se perguntando o que o Minho fez e eu lhes digo o que esse desgraçado fez... ele ficou rindo da minha cara de desespero, o filho de uma boa mãe me trouxe a força e ainda ficou rindo da minha cara ao invés de me ajudar, um ótimo amigo ele.

Depois daquele dia na qual jurei nunca mais ir na casa dele, comecei a frequentar mais vezes a casa dele até ser considerado parte da família, e eu digo que sou mais da família do que o próprio Minho. Os pais dele praticamente me adotaram como um segundo filho e quem achou ruim foi o Minho que ficou todo enciumado, mas não posso fazer nada se os pais me amam.

- Você não tinha que ir trabalhar, Jijico? - Hayun pergunta ao abrir a porta do quarto do Minho.

- Sim, mas o Minho não anda logo. - falo apontando para o Lee que nesse momento me encarava como se fosse me matar.

- Minho, se você não andar logo, desço a vassourada em ti, garoto. - Hayun fala brava e logo sai do quarto. Minho se levanta do chão deixando o Soongie estirado no tapetinho felpudo e caminha pelo quarto até seu guarda-roupa, pegando uma camisa preta e em seguida tira a camisa que usava a jogando em meu rosto.

- Eii! - resmungo tirando a camisa do meu rosto e tacando a mesma no mais velho que já estava vestido.

- Pervertido, fica ai me olhando trocar de roupa. - Minho fala.

- Olho mesmo, não mandei ficar se trocando na minha frente, ué. - falo.

Errado não estou, Minho tem um corpinho maravilhoso e já teve casos onde fico olhando de mais, ou melhor, secando demais, mas não é como se ele se sentisse desconfortável com isso já que o mesmo nunca reclamou, acredito que ele até goste, pois o mesmo é um pouco exibicionista.

- Engraçado que antes você não era tão ousado como está agora. Olha só o que acontece se dar muita intimidade, fica abusado.

- Você sempre quis ter intimidade comigo, agora é aturar ou surtar. - falo dando de ombro.

- Surtar, surto todos os dias. O jeito é aturar mesmo. - Minho fala me fazendo soltar uma risada baixa enquanto levantava de sua cama.

- Já podemos ir? - pergunto.

- Sim, dá a mãozinha, Hannie. - Minho fala estendendo a mão para mim. Balanço a cabeça negando e passo por ele, saindo do quarto sem ao menos esperar por ele. - Jisung!! - Minho berra vindo atrás de mim.

- Não quero. - falo parando de andar ao chegar na sala de estar.

- Mãe, olha o Jisung aqui não querendo me dar a mão. - Minho reclama cruzando os braços.

- Larga de ser carente, menino. O Jisung está certo em não te dar a mão, vai lá saber onde tu colocou essa tua mão, do jeito que eu te conheço, deve ter coçado o cu com ela. - Hayun fala me fazendo gargalhar.

- Mãe!!

- To mentindo?

- Está, aish. Vamos logo, Hannie. - Minho fala pegando na minha mão e me puxando.

- Até mais tia Hayun.

- Até logo, Jijico.

Cafeteria Sunshine, 18:10 PM

A cafeteria não estava tão movimentada hoje como estava ontem, o que realmente agradeço por isso, já que meu corpo está inteiramente dolorido pelo dia corrido de ontem, a idade chegou mais cedo pra mim, triste vida.

Atendi os dois últimos clientes do estabelecimento e fui conversar com o Minho, posso me ferrar por isso? Posso, mas como o chefe saiu pra namorar, tá de boa. Falando nesse velho sem vergonha, seis acreditam que ele está namorando uma garota bem jovem? Fiquei chocado quando vi a garota, que no mínimo tinha uns dezoito anos, aos beijos com o velho. Não sei como ela aguenta o bafo de dragão dele, só Deus na causa em.

- Vai querer comer nadinha, mão sebosa? - pergunto ao ficar de frente pro Minho.

- Não, perdi a fome. - Minho responde emburrado.

- Tadinho da minha criança. - falo fazendo uma falsa expressão de dó enquanto passava a mão pelo cabelo do Lee.

- Sua criança quer um beijinho, vem cá beijar ela. - Minho fala fazendo um biquinho.

- Sai. - falo fazendo careta enquanto dava um tapinha nos lábios do Minho.

- Ai, agora só porque a gente é amigo, não pode se beijar. Amizade tóxica viu. - Minho fala fazendo cara de nojo.

- Rosas são vermelhas, violetas é tudo azul e eu to aqui querendo ver seu corpinho nu. - falo mordendo o lábio inferior. Minho arregala os olhos surpreso, suas bochechas e sua orelhas ficam vermelhas enquanto sua boca abria e fechava sem saber o que falar. Gargalho de sua reação e me afasto para atender o cliente que tinha acabado de chegar.

- Filho da puta. - escuto Minho xingar e gargalho ainda mais. Ok, estou começando a gostar disso.

Euphoria - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora