Capítulo 25

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Becca

Chego na empresa depois da mensagem do meu pai, assim que sai da aula vi que ele queria outro teste. Ele estava cheios de teste por causa do fim da faculdade e eu estava começando a ficar com dor de cabeça.

Na verdade, eu já sabia que teria uma vaga aqui, meu pai não era burro de me deixar de fora quando as revistas e empresas de veículo achavam que a gente era tão próximo.

Arrumo meus cabelos indo até o elevador e logo começo a ficar mais preocupada e com um pouco de nervosismo. Aperto minhas mãos em punho e sinto as unhas entrando na pele.

Olho para o visor e vejo que cheguei no andar, começo a andar na direção da sala dele para receber as informações e logo a secretária sorri para mim dizendo que ele está lá dentro.

Bato na porta duas vezes antes de entrar e o vejo sentado na cadeira enquanto lê um tipo de contrato, ele mexe a cabeça e fecho a porta atrás de mim enquanto me aproximo devagar.

-Chegou atrasada.- ele vê no relógio.

-Dois minutos...

-Dois minutos.- ele repete minha voz.- Atrasos não são toleráveis, Rebecca.

-Desculpa.- mexo a cabeça.

-Enfim, não chamei você aqui para fazer o teste.- ele levanta e pega uma folha.- Chamei você por causa disso...- ele senta na mesa em frente a mim e lê a folha.- Charles McKee. É sua letra, não?

-É...- falo quando ele praticamente joga o papel em mim.

-O que eu sempre falei para você?- ele aumenta a voz.

-Temos que conseguir as coisas por mérito.- olho para o nome de Charlie.

-Esse garoto aqui nem se inscreveu para a vaga.- ele aponta e eu me encolho.- Sorte sua, que ele era exatamente o que eu estava procurando.

-Então, você não vai...

-Não.- ele tira o papel das minhas mãos.- Mas você descumpriu uma das mais importantes regras que temos, Rebecca.

-Eu já pedi desculpas...- murmuro.

-Eu já falei que não gosto que murmure!- ele grita e me dá um tapa.

É tão forte que eu me desequilibro e caio, apoio uma das mãos no chão enquanto levo a outra para a região que está ardendo, estou com os olhos cheios de água e tento não chorar na frente dele.

-Isso é para seu bem.- ele fala sério.- Levante, não seja fraca.

Consigo me levantar e minha respiração é rápida, meus olhos estão embaçados e não consigo ver nada por causa das lágrimas, mas não admito chorar de verdade na frente dele.

-Você ainda precisa aprender muito, Rebecca.- ele respira fundo e me observa.- Ainda é uma jovem idiota que provavelmente acha que está apaixonada por esse menino.

-Eu estou apaixonada por ele.- falo mais alto e ele parece surpreso.

-Acha que está?- ele ri.- Você não sabe nada...

A Superação - Miami BoysOnde histórias criam vida. Descubra agora