A volta de Vick.

145 22 4
                                    

CAPÍTULO 20-

— Não se preocupe, não irei fazer nada...

— Não confio em você.

Pego minha pistola e aponto para ela. Esses dias tenho evoluído muito, já consigo atirar e me defender.

— Calma! — Diz levantando as mãos, como forma de rendição. — Não vim fazer nada.

— Você quer que eu confie em você?

Ela fica pensativa por um momento e diz:

— Não tem motivos, mas eu me arrependi.

— Abaixe a arma Cassandra, ela só quer ver o marido. — Samael diz.

— Ah, por favor. Não pode estar falando sério.

— Abaixe a arma.

Respiro fundo e digo:

— Tudo bem.

Com relutância,, abaixo a arma lentamente e ela se aproxima do túmulo.

Me aproximo de Samael e sussurro:

— Você realmente acredita nela?!

Ele assente e volta a observá-la.

Só pode ser brincadeira! Ela está de volta e sinto que vai fazer algo, Miguel estava certo, ela deveria morrer.

-

— Oque ela queria?! — Miguel diz.

— Não sei! Ela simplesmente apareceu junto com seu pai.

— Meu pai e essa sua confiança nessa mulher... Ela com certeza quer algo! Temos que descobrir antes que ela consiga.

Assenti. Ele se aproxima e me puxa para um abraço.

— Não se preocupe, tudo vai ficar bem. — Diz e depois me dá um selinho.

Sorri e escorei minha cabeça em seu peitoral, ficamos assim por um breve tempo. Meus treinamentos com Samuel continuam, todo dia apareço em sua casa, hoje não é diferente. Depois de treinar, vou para casa, tomo um banho, me visto e como uma fruta. 

Passo pela porta de Miguel e percebo que ele está furioso, já que ele está jogando tudo no chão. Abro a porta e vejo uma zona. Copos quebrados, papéis por todo lado, mesa derrubada...

— Oque aconteceu?!

— Vick está ameaçando meu pai, ela vai matá-lo, não duvido nada. Preciso ir até ela.

— Oque?! Precisamos fazer algo.

— Não Cassandra, EU é quem preciso fazer algo.

— Não! Eu irei te ajudar.

— Esqueça oque te falei, por favor.

— NÃO! Eu quero ajudar.

— MAS VOCÊ NÃO PODE E NÃO VAI.

Fico indignada com essa atitude! Quem ele pensa que é para me impedir de fazer algo?!

— Eu vou com você.

— Não, não vai.

— Miguel!

— Entenda meu amor, ela é perigosa, já tentou te matar! Não posso deixar que isso aconteça novamente! Você fica.

— Eu consigo me defender.

— Cassandra, por favor, pare!

— Eu vou ir. — Digo andando até a porta.

— Oque está esperando?!

Ele suspira fundo, se aproxima e sem que eu perceba, aplica algo em meu pescoço, que me faz apagar.

-

Um tempo depois acordo, em uma sala totalmente desconhecida. É escuro, muito frio e medonho. Procuro por meu celular e ainda bem, que o encontro em meu bolso, bem na hora que ligo, uma chamada aparece na tela.

#LIGAÇÃO ON

— Cassandra? — Diz Vick.

— Oque você quer?

— Te dar um recado querida...

Não digo nada, esperando que ela fale.

— Você é uma vadia desgraça! Eu sempre te odiei Cassandra, sempre. Willian preferiu você ao em vez de mim, VOCÊ TIROU ELE DE MIM!

Ela sorri ri alto, diabolicamente.

— Nada mais justo do que acabar com o seu também.

Na mesma hora que ela diz isso, escuto um tiro e ouço um grito de Miguel.

— Miguel... oque você fez sua maluca?!

— HAHAHAHA! Eu--

Antes que Vick pudesse terminar a frase, escuto outro tiro, e esse o acerta.

#LIGAÇÃO OF

Não ouço mais nada, oque aconteceu com Miguel? Preciso sair daqui! Ligo para Samuel, ele com certeza tem a chave desse lugar.

-

Um tempo depois ele chega e me liberta, conto tudo a ele e fomos para o hospital, descobrimos que Daniel atirou em Vick. Chegando lá, falamos com a secretária, ela disse que Miguel está em cirurgia e corre risco de vida.

Tudo ao meu redor se passa em câmera lenta, não sei oque fazer, estou totalmente perdida minha mente está confusa, não consigo focar em só uma coisa. Só consigo chorar e chorar... Alguém chama por meu nome, mas não presto atenção. Algo está entalado na minha garganta, um grito! Eu preciso liberar ele...

— AHHHHH...

Assim que gritei, desabo no chão, mas antes da queda, Daniel consegue me pegar.

— Se acalme, por favor...

— Eu... não, Miguel, eu...

Não consigo dizer muita coisa!

— Cassandra, por favor...

— Eu... eu...

Começo a sentir tontura, minha visão vai escurecendo, até que não consiga ver mais nada. A última coisa que escuto é Daniel gritando:

— CASSANDRA!

A partir daí, não vejo nem ouço mais nada, a escuridão infelizmente me consome.

[...]

continua...

Casada com um Gutiérrez [Concluído, não revisado]Onde histórias criam vida. Descubra agora