Capítulo 21

1K 58 83
                                    

Estou há muito tempo escrevendo esse capítulo, mas finalmente acabei.
Esse capítulo está um pouquinho mais longo. Quis acabar com ele o mais rápido possível pq tenho 3 trabalhos a caminho e não ia sobrar mais tempo essa semana.
Enfim, tô enrolando.
Boa leitura!

--------------------------------------------------------------

Não importava o quanto eu pensasse, a resposta não surgiria em minha mente. Então, como fiz com muitas outras questões desde que voltei ao passado, coloquei esse questionamento na lista dos muitos outros que tinha acumulado na minha mente.

Lianof também não falou mais, então eu só pude imaginar o que ele estava pensando a respeito do irmão.

O tempo passou. Em certo momento ouvi Lianof passeando ao redor da caverna. Parecia estar andando em círculos. Uma parte minha queria sacudí-lo até que parasse e outra maior, queria confortá-lo. Ainda estava escuro, não deve ser fácil para ele estar aqui.

Eu devo ter cochilado em algum momento, porque despertei assustada quando senti uma mão tocar o meu ombro.

- Acho que eles já foram - disse Lianof.

Esfreguei os olhos tentando voltar a um estado de alerta.

- Tem certeza? - perguntei com a voz grogue.

- Olhei lá fora. Não vi ninguém.

Suspirei de alívio. Até que enfim. Senti uma tensão que não sabia que estava carregando deixar o meu corpo e me levantei, cansada. Muita coisa havia acontecido.

- E agora? Voltamos para o navio? Ou procuramos Delia? - perguntei a ele.

Eu não podia esquecer o real motivo de estarmos nessa cidade. Quando saí correndo atrás do garoto deixei Kain e Zayra para trás. Eles devem pensar o pior agora. 

- Não tenho certeza se os outros conseguiram achar ou não a Delia, mas com certeza depois de toda a movimentação com os guardas, eles não estão mais na cidade. Eles não seriam tão loucos.

- Então voltamos?

- Talvez os guardas estejam vigiando as saídas da cidade. Um assassino iria querer sair o mais rápido possível, considerando que a área em volta é uma zona de guerra, sair por mar é a alternativa mais segura. Mesmo não tendo aportado no cais não quero arriscar. Podemos voltar quando o sol estiver prestes a nascer e os guardas ficarem cansados da procura.

Senti a culpa tomar conta de mim.

- Me desculpe, se eu não tivesse arranjado confusão...

- Está arrependida? - senti o tom leve e provocativo em sua voz.

Pensei um pouco, se não tivesse seguido o garoto, talvez a mãe dele estivesse morta agora. Então respondi com sinceridade:

- Não, não estou arrependida.

- Ótimo - ele continuou depois de uma pausa - embora seja um pouco triste não ser eu a causar a confusão em questão dessa vez. Os outros ficarão desapontados.

Eu duvidava muito disso.

- Então o que fazemos agora?

- Eu sei exatamente o que precisamos - disse Lianof com uma voz decidida.

- De sorte?

- De álcool - ele me corrigiu.

Ergui minhas duas sobrancelhas em sua direção, incrédula. Álcool? É claro, ele não poderia me ver na escuridão que nos cercava. Mas o meu silêncio deve ter mostrado por si só minha reação, porque ele explicou logo em seguida:

A herdeira do tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora