Nota da autora: Gente queria me desculpar por ter demorado tanto a postar, peguei uma virose, mas agora estou melhor e aí está o capítulo! Ah, ia esquecendo, essa história conseguiu ganhar em terceiro lugar na categoria fantasia no concurso "flores de ouro" isso me deixou muito contente, tenho que agradecer muito a vocês que me incentivam com todos os comentários e votos 💜 . Então eu acho que é só isso, boa leitura!
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Os sons de perseguição aos poucos ficavam para trás enquanto nos apressávamos em direção as ruas apinhadas de pessoas. Lianof passava por becos e ruas, sempre mudando de local de uma forma que até eu me senti perdida, mas não importa o quando corrêssemos, nossa direção era a mesma: o porto.
Então continuamos assim até que os guardas não estavam mais a vista, reduzindo a correria a um passo apressado e nos entranhamos em meio a multidão, circulando entre as ruas da cidade. Não era um lugar grande, nenhum prédio pelo qual passávamos tinha mais de três andares e sempre com detalhes muito simples, como se simplicidade fosse costumeiro ali, o que só era ressaltado pelas roupas das pessoas, mesmo as com aparência mais caras não eram muito luxuosas. Dessa forma conclui que apesar de movimentada, Tebar não era uma cidade grande, a classificaria como de médio porte, no máximo,o que era raro para uma cidade que parecia se mover pelo comércio.
Quanto mais próximos chegávamos do nosso destino, mais os cidadãos se aglomeravam nas ruas, carregando produtos ou gritando para vender seus utensílios.
Fiquei me perguntando quem eram as pessoas que encontraria. Por algum motivo, echei que ele estaria sozinho, mas agora que pensei bem, vejo que realmente faz sentido. Se ele quisesse acabar com a escravidão, fazer isso sozinho era simplesmente um sonho inalcançável. Fiquei apreensiva de repente, senti que tudo era muito maior do que eu havia previsto antes de vir aqui, e a cada camada descoberta, mais surpresas eram encontradas.
Aos poucos, a calçada foi sendo substituída por a madeira do cais e chegamos ao porto. Vários navios estavam a vista, desde enormes galeões a embarcações mais pequenas, trazendo consigo mercadorias para serem vendidas ou entregues e homem e mulheres para desembarcar na cidade conforme atracavam.
Corri os olhos por eles tentando adivinhar qual deles era o nosso destino.
- Por aqui - falou Lianof enquanto me guiava em meio as pessoas.
Seguimos caminhando entre a multidão, até que chegamos a um navio em especial numa área mais afastada, estava escondido entre os navios maiores. Não era tão grande como os outros, apesar não não poder ser classificado como pequeno, na verdade parecia rápido e pronto para o combate. Se eu fosse julgar, diria que era o navio perfeito para invasões e fugas.
- Sabe, só olhando assim de longe, eu poderia dizer que parece uma navio pirata.
Ele não respondeu, estava distraído olhando o navio e sorrindo.
- Eles estão aprendendo, gostei de terem trocado as velas antes de atracar, a cor branca chama menos atenção.
Preferi não comentar que se ele quisesse ser discreto talvez não fosse uma boa idéia sair carregando essa arma enorme por aí.
Estava divagando sobre as possibilidades de ainda estarmos sendo seguidos quando algo me chamou a atenção.
Um homem alto de cabelos castanhos e curtos estava parado de frente ao navio, com os braços cruzados e a testa franzida enquanto observava nossa aproximação. Levava uma espada nas costas que era visível sobre seu ombro direito e parecia ter olhos de águia. Só olhando, deduzi que não era do tipo que deixava nada escapar. Diria que era alguém do exército pela forma com que se posicionava, o queixo erguido como se estivesse de vigia.
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A herdeira do tempo
FantasyUma vez que algo esta feito, é impossível ser desfeito. Isso pode ser verdade para a maioria das pessoas. Mas não todas. Ana era uma herdeira, um dos humanos capazes de controlar algo que era impossível para pessoas comuns, e a sua herança era o te...