Capítulo 9

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Mas um capítulo fresquinho saindooo

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    Não demorou muito para que eu tivesse tomado todo o chá, o gosto era um pouco amargo mas parecia realmente fazer efeito, porque pouco tempo depois de tomá-lo já pude sentir que meu estômago já não me incomodada tanto quanto antes.

   Entretanto, inesperadamente junto com o alívio veio um pesado sono, estranho, tinha acabado de dormir durante a maior parte do dia, olhei para Fain desconfiada.
  
   — Me sinto estranhamente sonolenta.

    — Oh, não se preocupe — ele disse ao reparar no meu olhar — o chá costuma ter alguns efeitos, se for só sono está tudo bem.

    — Espere, está dizendo que se não fosse só isso, haveria algum?

    Lianof não muito longe, se inclinou para Aldren comentando:

    — E é exatamente por isso que eu não fico doente.

    Aldren assentiu, e eles pareciam contemplar uma memória distante e dolorosa.

     — Não precisa se preocupar — disse o senhor — é apenas que a um tempo atrás eu errei em um ingrediente do chá e quase intoxiquei todos a bordo.

    Ele deu uma pequena risada ao lembrar.

     — Mas não precisa se preocupar, as chances do mesmo acontecer são pequenas.

    Peraí, então ainda haviam chances?!

     — Bem, por que você não dorme um pouco? Você vai se sentir melhor.

    Por momento não movi, assustada, mas por fim assenti, meus meus olhos me diziam claramente que eu poderia dormir ali mesmo.

    Enquanto voltava para o meu quarto, por um momento imaginei o que aconteceria se eu morresse por engerir alguma substância estranha.

      — Desculpem pai, mãe, eu estava começando a fazer algum progresso quando fui surpreendetemete envenenada por um idoso que tentava me curar de um enjoou. Sinto muito.

    Ri ao sair dos pensamentos idiotas enquanto entrava no meu quarto e deitava na cama, as vezes achava a minha mente irritantemente fértil.

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    Quando acordei novamente já era noite, o movimento das ondas me deixaram tonta e eu segurei meu estômago. Parece que aquele chá não tinha muito tempo de efeito e eu não me arriscaria a tomar um segunda dose.

     Me levantei enquanto andava lentamente em direção ao convés. Surpreendetemete notei que já havia alguém lá.

    Uma luminária estava acesa nas proximidades e Lianof de inclinava casualmente na amurada do navio, seu cabelo estava amarrado em uma espécie de coque e ele parecia observar as estrelas, como se estivesse em outro mundo, a luz do luar batia suavemente em sua figura, o fazendo parecer um pouco irreal. Por um momento me senti sem fôlego, ele era como uma pintura.

    Eu devo ter feito algum barulho, porque ele em seguida se virou, observando minha aproximação.

    — Olá Ana, não consegue dormir novamente? — sua voz parecia levemente suave e rouca na noite silenciosa.

    Os únicos sons adicionais que poderiam ser ouvidos eram o som do mar e do vento batendo nas velas do navio, dando uma sensação de isolamento, parecia muito como se fôssemos os únicos no mundo por um momento.

    — Acho que já dormi o bastante por hoje — respondi sinceramente ao me aproximar — Estava um pouco enjoada na verdade, no entanto, o que o trás aqui?

A herdeira do tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora