CAPÍTULO 3 - Alpha Academic

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Fechei minha última mala, e coloquei no chão. Peguei minha bolsa, e Aro e o motorista já estavam na porta do meu quarto.

- Senhorita, o Gabriel já está aqui para levar suas coisas para o quarto.

- Tudo bem, está tudo pronto. – Olhei ao redor.

Gabriel pegou todas as minhas malas sem falar nada e desceu. Aro continuava na porta me observando olhar o meu quarto.

- Não precisa dessa nostalgia, senhorita.

- Você sabe que eu não me importo, Aro. – Olhei para ele sorrindo.

- Claro que se importa.

- Desculpe desapontar sua teoria sobre mim. – Fui até ele e o abracei. – Obrigada de novo. Você é o único que é meu protegido e o único que eu gosto.

Aro deveria ter por volta dos 65, cabelos grisalhos, magro, e sempre com uma aparência impecável. Trabalhava aqui em casa desde que eu nasci. Eu tinha babás, mas ele era quem dava as ordens quando meu pai ou mãe não estavam. Ele que me educou, ele que via minhas tarefas de casa, ele que ia as reuniões na escola. Ele era meu pai. Charlie estava muito ocupado com negócios e putas. Minha mãe com bailes e roupas.

Aro era o único que eu gostava e confiava.

- Obrigado, Bella. – Ele sorriu. Ele nunca me chamava por nenhum apelido. – Eu a vejo no próximo verão, certo?

- Eu presumo que sim. – Sorri e o abracei mais uma vez.

Fui andando com ele para frente da casa.

- Você sabe se o Alec irá hoje?

- Na verdade, ele já foi pela manhã.

- Ainda bem. – Nós rimos.

Os outros criados estavam na porta. Dei um abraço em Nina e em Aro, e acenei para os outros.

Entrei no carro e fui levada para o Charles de Gaulle, o aeroporto de Paris. Estava cheio, na verdade lotado – por turistas escrotos - por ser fim das férias.

Cuidei de tudo e me sentei na primeira classe do avião, sem escalas. Odeio escalas, totalmente desnecessárias e cansativas.

Em pouco tempo estava nos Estados Unidos. Maldito lugar.

O avião pousou em Miami, e tive que pegar outro avião para Virginia. Fim de mundo miserável. Olha onde eu vim parar!

Miami era um nojo. Eu odiava olhar para fora da janela enquanto estávamos decolando. Tentavam enganar com aqueles arranha-céus com mesma arquitetura “moderna” e de 5° categoria. Fora os...Habitantes.

Se brincar até o prefeito era ilegal em Miami.

Depois de chegar em Virginia, o meu motorista daqui estava me esperando. Andei até ele, entregando as malas, e agora teria que encarar 3 horas de viajem para Covington, onde a escola ficava.

Interior. Mato. Lagos. Animais. Caipiras. Fim de Mundo. Infelicidade da Isabella.

Pelo menos, as pessoas que estudavam no AA não eram caipiras. Eram pessoas vindas do mundo inteiro. Eu juro. Tinha tudo o que você poderia imaginar.

Elite. Elite. Nada de proletariado.

Os herdeiros mimados de todo o mundo, que pagavam uma escola preparatória, não uma escola normal, essa merda preparava para as melhores universidades do mundo. Havard, Stanford, Oxford, Cambridge, Yale, Princeton entre outras.

Estava encostada na janela da Mercedes Guardian vendo as árvores verdes demais, por causa da época do ano. Elas só ficavam assim no verão, mas minha época preferida aqui era outono. Tudo ficava lindamente laranja. As folhas enormes caiam e se amontoavam nos jardins. Era incrível, não posso negar.

CRUEL INTENTIONSOnde histórias criam vida. Descubra agora