CAPÍTULO 15 - Você foi feita para mim

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Eu realmente não acreditava que estávamos fazendo isso. Era muito estranho fazer algo como isso. Tudo bem que tínhamos 17 anos, pelo menos eu, mas isso era coisa de quem tinha 10 anos.

- Argh! – Falei isso pela décima vez.

- Você pode por favor parar de resmungar? Eu já entendi o que você acha sobre isso.

- Roubar uma prova não é algo escroto demais? Edward Cullen roubando uma prova é meio ridículo, não?

Estávamos cochichando para que o vigia não escutasse.

- Vem logo sua idiota.

Ele me puxou. E a gente parecia aprendizes do Tom Cruise em Missão Impossível. De roupas pretas, botas, e até uma toquinha preta.

Ele me ajudou a pular um batente alto, peguei as chaves que tinha roubado no mesmo dia e o entreguei.

Ele abriu a porta, desceu a toca para que cobrisse o rosto e eu fiz o mesmo.

- Eu volto em 5 minutos. – Ele me olhou enquanto eu segurava minha lanterna. – Qualquer coisa eu ligo e venho te buscar. – Ele me deu um beijo na boca, mas nossos lábios não se tocaram por conta do pano por cima.

Sorri para mim mesma. E me encostei encolhida para que as câmeras não vissem, enquanto Edward fazia o mesmo, se escondendo dela, e sumindo na escuridão dos corredores do colégio.

Eu tinha que admitir que mesmo sendo algo ridículo, eu estava adorando. Meu coração batia acelerado, eu sentia a adrenalina, o frio na barriga, o risco de sermos descobertos, tornava tudo mais excitante.

Olhei o relógio preto e faltavam 2 minutos e 34 segundos pra ele voltar.

Escutei um barulho de longe e meu coração disparou, mas logo depois vi ele voltando 5 segundos mais cedo.

Ele andava rápido mas com cautela.

- Vamos. – Ele pegou minha mão.

- O que foi aquele barulho? – Eu sussurrei enquanto ele me levava para algum lugar que eu não conseguia distinguir por estar escuro.

Ele me guiava, sua lanterna parecia mais potente do a minha.

- O alarme sendo desativado.

- E as câmeras?

- Cortei os fios da energia.

- Lá fora está tudo escuro?

- Não, só aqui dentro.

- Onde você aprendeu isso?

- Passei muitos verões com meus primos.

Andamos em direção ao que me parecia ser a sala dos professores. Ele abriu com a chave a porta, a fechando com cuidado.

Subiu a máscara e eu fiz o mesmo, eu parecia uma assaltante.

Ele pegou algumas ferramentas na mochila.

Procurou o armário da professora.

- Eles nunca vão saber que foi a gente. – Ele falou enquanto estava ajoelhado colocando alguma coisa grudada no armário que eu não sabia o que era. – Prova de biologia... Não fazemos biologia.

Ele riu.

- O que é isso?

- Vai me fazer escutar o “click” da combinação.

Eu olhei a sala dos professores e sem querer passei a lanterna pela janela.

- Você está louca? – Edward falou irritado. – Me dê essa porra. – Ele tomou a lanterna de mim. – Ali fica o dormitório dos homens, se alguém ver alguma luz aqui, estamos ferrados.

CRUEL INTENTIONSOnde histórias criam vida. Descubra agora