CAPÍTULO 12 - Rico, Bonito e Lúcido (POV Edward)

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X Meses Atrás X

Acordar com o sol na cara era um erro que eu repetia todos os dias. Eu acordava de manhã e sempre dizia “Essa noite eu fecho as cortinas”, eu nunca as fecho.

Muito ocupado eu sou. Mentira, eu não faço porra nenhuma na minha vida. Eu fico sentado em algum bar de Hotel contemplando o vazio e passo a noite por algum puteiro.

Ou simplesmente escolhia alguma babaquinha para ser minha vítima do dia.

Eu tinha acabado de voltar da Itália onde passei parte das férias. Tinha encontrado um cara que estava sendo meu parceiro em noitadas. Ele era tão idiota as vezes que eu seria capaz de quebrar aquele nariz enorme. Os amigos dele são piores ainda.

Não sei porque eu me torturava daquela forma. Andar com gente escrota demais cansava. Por isso preferia andar sozinho por aí.

Diziam que eu era solitário, mas não seu idiota, eu apenas queria ficar protegido de escutar sua voz nojenta.

Nesse meu mundo as coisas eram fáceis demais o que facilmente levava ao meu tédio. Eu podia comer qualquer babaquinha, mas gostava de putas pagas, elas faziam o trabalho sujo sem pestanejar, eu tomava whisky o tempo todo, já que só no dia seguinte eu ia sentir a merda. Minha cabeça rodar.

Eu dispensava qualquer tipo de droga. Já que não ia fazer nenhuma diferença. Eu podia ingerir toda essa ou qualquer outra merda e não sentia nada.

Eu ficava lúcido o tempo todo. Estava sempre ciente de tudo.

Um dia me ofereceram heroína. Eu tinha 14 anos e estava em uma festa tomando cerveja.  Eu já sabia dos meus talentos.

Me disseram “É como um orgasmo.” E eu ainda não tinha fodido nenhuma. Só minha mão naquela época. E eu peguei aquela seringa e todo o resto daquela merda e fui para o banheiro, um amigo foi junto e me ajudou.

Aquela merda foi a melhor sensação da minha vida, e não durou nem 20 segundos. Como a melhor gozada da nossa vida sem sexo.

E foi assim que eu fui parar no hospital após ter me picado. Deixei de fazer aquilo no mesmo dia, fodendo minha prima naquela outra noite. Sexo era melhor. Você podia fazer quantas vezes quisesse. E ainda dormia depois.

E só eu mesmo para enfiar heroína no meu organismo e não ficar viciado. Eu quase morri no hospital. Eu sou um escroto sortudo.

E ai desisti, desde então a única coisa que consigo é dor de cabeça e mal estar.

O sol tinha esquentado mais ainda. Abri os olhos e foi o bastante para minha cabeça dar giros. Olhei West London movimentada pela minha janela de vidro que ia de uma ponta a outra.

Percebi que estava na sala do meu apartamento. Nu, jogado no chão. Levantei com dificuldade e fiquei olhando toda aquela gente cheias de coisas pra fazer. Me deu cansaço.

Olhei ao redor, roupas. Meu terno Hugo Boss e um vestido vermelho jogados no chão. Eu pensei que essa puta tinha ido embora.

- Mandy. – Gritei e ela deu um pulo de onde quer que ela estivesse.

Ela deu um pulo. Estava jogada atrás do sofá.

- Por que você ainda está aqui? – Falta de profissionalismo. – Se isso acontecer mais uma vez eu falo com seu cafetão.

- Eu só...

- Cale a porra da boca. – Peguei minha carteira no bolso da calça jogada e joguei 100 libras no chão, e eu já tinha pago aquela puta. – Você tem 3 minutos para sumir com essa sua cara escrota da minha frente.

CRUEL INTENTIONSOnde histórias criam vida. Descubra agora