LOVE WALKS IN
Mas não foi assim que acorrera.
No domingo, como prometido, Draco foi levado a ala hospitalar para sua checagem semanal e se surpreendeu a encontrar Harry sentando em um das camas ao lado da Srta. Stark.
Em geral, exames médicos bruxos não demoravam muito, por isso após alguns toques de varinha foi possível ver uma imagem perfeita de todo o interior do tronco e membros do sonserino, Harry lembrou da primeira vez que viu aquilo acontecer e descreveu como "um raio-x em holograma", mas aquilo não parecia nem meramente tão incrível quanto o que ele estava vendo agora.
Entre as costelas, era possível ver pedúnculos de flor se amarrando entre elas, alguns pequenos e quase não visíveis e outros fazendo voltas em seus ossos que não pareciam ter início, como se estivessem surgindo de dentro da ossatura do loiro e também pequenos botões azuis. Mas o que mais lhe impressionou foi o lírio azul preso entre suas costelas vertebrocondrais diretas, haviam outras pequenas flores que já haviam desabrochado no corpo de Draco, duas no braço esquerdo e três pelo tórax, mas aquele era grande e era linda. Tudo diante de seus olhos era morbidamente lindo.
Aos olhos de Harry, Malfoy parecia apático com aquela visão, mas o loiro sentia um medo absurdo dentro de si toda vez que era obrigado a encarar o que havia em seu interior.
— E então? — Questionou Madame Pomfrey que também estava na sala.
A Srta. Stark que já não estava mais sentada olhava cautelosamente a imagem em sua frente e parecia não ter ouvido o que Pomfrey perguntou ou apenas escolhido ignorar, pois, tornou a Draco e perguntou:
— Vê alguma diferença, Sr. Malfoy?
— Eu não sou o especialista aqui, sou? — Draco disse ríspido, mas não arrancou nenhuma reação da mulher, ela apenas ficou parada como se fizesse uma declaração de que não abriria mais a boca até que o loiro lhe falasse o que ela queria ouvir. Um curto silêncio se estendeu pela sala até Draco suspirar cansado e responder: — Está faltando duas flores. Eram oito.
— Exato! — Stark disse com animação, mostrando um grande sorriso.
Ela ficou um tempo ainda admirando a imagem com aquele sorriso no rosto e Harry jurou que ela havia esquecido que não estava sozinha até ouvir sua voz novamente que ecoou sem que ela desviasse o olhar para os garotos.
— Vocês se tocaram?
Harry arregalou levemente os olhos e se xingou por sentir o rosto esquentar, mas Draco sem perder a postura respondeu tranquilamente sem se importar com o duplo sentido que aquela frase carregava:
— Não.
Harry agradeceu pelo loiro não estar olhando-lhe agora ou em qualquer outro momento desde que ele entrou na sala.
— Está me dizendo que isso aconteceu só porque vocês conversaram essa semana? — Ela perguntou finalmente olhando para os rapazes parecendo agora hipnotizada por eles.
— Bem, não houve muita conversa exatamente. — O moreno respondeu.
— Presença! — Ela exclamou com a voz levemente arriçada se voltando novamente para as imagens com os olhos tão brilhosos que pareciam estar com lágrimas. — Regressão só pelo simples fato de estarem na presença um do outro. Isso é incrível!
— É uma boa notícia ou não? — Draco perguntou já sem paciência, era uma pergunta estúpida ele sabia, mas precisava ouvir de maneira clara.
— Bom, não vamos nos precipitar, ainda há muito para se entender, pode ser uma regressão temporária e... — Ela disse tudo aquilo com um sorriso no rosto e se interrompeu o que irritou tanto Draco que ele sentia poder voar no pescoço da esverdeada. — Mas por enquanto, sim. É uma boa notícia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
LOVE HURTS ➤DRARRY
FanfictionDraco é diagnosticado com flores crescendo em seu peito e descobre que Harry é a causa e ao mesmo tempo a solução dos seus problemas.