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Cirilo a envolveu em seus braços, quando a pessoa lhe olhou com intensidade, e aproximou seu rosto.
"O que está fazendo aqui, Maria Joaquina?"- Cirilo perguntou sério.
"Eu vim ajudar na ONG."- Ela olhava em seus olhos.
"Daniel e Jorge não estão aqui, e nem as meninas, então não precisa ficar!"
"Mas eu quero ficar."
"Para que?"- Ele ainda lhe segurava.- "Fazer-me de palhaço, depois voltar pro seu marido."
"Não fale assim comigo?"
"Não é isso que faz? Toda vez que vem escondida ficar comigo, depois vai embora me deixando em pedaços, já estou cansado desses seus jogos."
"Não vim atrás de você, pensei que estava trabalhando, e só vim ajudar, pois também sou sócia."
"Por que tem que estar onde estou? Por que me persegue, e me faz ficar mal? Qual é a sua intenção com isso? É legal para você me fazer sofrer? Mostrando cada vez mais para as pessoas, que sou apenas um nada para você, por que faz isso?"
"Não tenho escolha, tudo na minha vida está em torno de você."
"Fala a verdade que não se importa, de eu morrer por causa da dor que me faz passar para  ti. Seria nada especial, já que tem o outro como marido."- Ela deu um tapa na cara dele.
"Já te expliquei as coisas como são, então me respeite."
"Olha o que você faz comigo..."
"O que posso fazer?"
"Se afaste de mim."
"Não se lembra sou sócia daqui!"
"Então não seja, pois se não vou surta.
"Me odeia tanto?"
"Não, mas esse amor que tenho por você, nunca iria retribuir."
"O que você quer que faça?"
"Termine com ele, e fique comigo."
"Não posso."
"Ou você não quer? Não vou te dividir, e nem serei seu amante, então se quer ficar comigo, vai ter que deixá-lo."
"Pense ao nosso redor, Henry teve um AVC, e o meu filho irá sofrer."
"Agora pense pelo meu lado, sempre me sacrifiquei por você, mas nunca retribuiu a altura, e pensando ao redor, estou aqui sozinho esperando seu maldito sim."
"Do que está falando?"
"Que eu poderia estar aqui com a minha família, mas não, insisto que um dia te terei nos meus braços."
"Com uma interesseira?"
"Mesmo elas sendo, me amaria mais do que você diz que sente."
"Faz que bem entender!"- Ela limpou as lágrimas que caiam.
"Não venha me cobrar depois, pois fez a sua escolha."
"Idiota!"- Ele soltou o braço dela.
"Isso não é justo!"- Ela resmungou.
"Não quero saber, você já fez sua escolha, a partir de amanhã, vou procurar alguém para ser minha esposa."
"Tão rápido assim?"
"Não te devo satisfação!"
"O que fez você mudar tanto? Até dias atrás não ligava, o que houve?"
"Estou me sentindo sozinho, uma casa grande daquela, precisa ser completada, ou você acha certo ficar sozinho, enquanto você dorme com seu marido, beija o seu marido, sai por aí desfilando por ele, e aguardando você dar um pouco de compaixão?"
"Não é compaixão, esse amor é verdadeiro."
"Não quero saber, se quiser algo comigo, vai ter que terminar com ele."
"Não é fácil, para eu fazer isso!"
"Isso não é problema meu, Maria Joaquina."- Ele voltou a limpar as coisas.
Maria Joaquina não falou mais nada, então saiu do local com muita raiva, e Cirilo só ficou olhando. Ela foi para sua casa, pois precisava ficar sozinha, e lá seria esse lugar. Chegou em casa, então foi direto para o seu quarto, trancou a porta, e deixou as lágrimas caírem.
"Não acredito, mais uma vez, estou correndo atrás do Cirilo. Sendo que sou casada. Por que ele foi tão insensível comigo, está me machucando tanto?"- Ela ficou deitada na cama.
Passou um bom tempo, já era de noite, quando tentaram abrir a porta do quarto, mas estava fechada.
"Maria Joaquina!"- Gritou Henry.
"Oi!"
"Abre a porta, preciso entrar!"
"Calma aí!"- Ela abriu seus olhos estavam inchados, e rosto muito pálido.
"O que houve?"
"Não é nada!"
"Hum!"- Ele passou por ela rápido.
"E você?"- Maria Joaquina falou sem empolgação.
"Vou ter que viajar!"
"Pra onde?"
"Inglaterra!"
"Como assim? Do nada?- Ela ficou com os olhos arregalados.
"Tive um imprevisto, depois te explico direito."
"E eu e Isaque?"
"Vou voltar semana que vem, melhor deixá-lo aqui, amanhã já começa as aulas dele, e não pode faltar.
"O que houve?"
"Assunto de trabalho!"
"Tudo bem!"- Maria Joaquina apenas concordou.
"Estou indo!"- Ele já tinha arrumado o básico, deu um beijo em Maria Joaquina, e saiu do quarto.
Maria Joaquina ficou sem entender.
"Ótimo, vou ver o Cirilo todos os dias, e ainda ver ele com outra, sem poder me vingar!"- Falou com raiva.
Sentou-se na cama, então ficou pensando na sua vida, durante quatro meses que reencontrou com Cirilo.
Flashback:
"Não sabe como te amo!"- Ela falou beijando ele.
"Eu também!"- Os dois foram deitando-se na cama, beijando um ao outro, sem pressa, e sem interrupção. Tirou a sua blusa, assim como ele tirou a dela, ficou nua, deitada de novo na cama. Cirilo a penetrou, com muito amor, e ferozmente. Fazendo ela gemer, e pedir cada vez mais, isso era uma sensação incontrolável.
"Cirilo, não pare! Não pare! Não pare!"- Ele beijava a boca, fazendo a mesma chegar ao êxtase.
Nisso Maria Joaquina ouviu batidas na porta, ela se levantou, e viu que estava sozinha no quarto, ouviu alguém lhe chamando.
"Maria Joaquina, posso entrar!"- Era a voz do Cirilo, seu coração disparou, logo foi abrir a porta.
"Oi!"- Ela ficou de frente para ele.

Desejos ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora