Desejos Proibidos

17

Cirilo e Maria Joaquina se separaram, vendo doutor Miguel na frente dos dois, com a cara de poucos amigos, eles ficaram paralisados e com medo.
"O que está acontecendo aqui?"- Perguntou mais uma vez Miguel, quando o Cirilo começou a falar.
"Doutor Miguel!"- Ele buscava alguma forma de se explicar.- "Desculpa!"-  Ele apenas abaixou a cabeça.
"No seu local de trabalho, Cirilo? E ainda com a minha filha que é casada."
"Prometo que isso não irá mais se repetir!"
"Espero que se afaste dela."
"Tudo bem!"
"Pai, a culpa disso não é do…"- Miguel não deixou ela terminar.
"Vá para casa, Maria Joaquina!"- Miguel foi seco.- "Depois eu falo com você!"
Ela olhou para o Cirilo que ficou muito sério, e disse:
"Desculpas!"- Ele não disse nada, então ela saiu da sala dele.
Cirilo se sentou em sua cadeira ainda sério, quando doutor Miguel foi até outra cadeira, e se sentou.
"O senhor queria falar comigo?"
"Sim!"
"O que deseja?"
"Queria dizer que muitas pessoas estão adorando a sua forma de trabalhar, além do curso que está fazendo suas notas serem altas. Por causa desse progresso, especialistas de Watford vem ao Brasil na terça-feira, só para ver o médico que cada vez mais ganha seu espaço no mundo."
"Isso é sério?"- Ele sorriu.
"Sim, parabéns, Cirilo!"
"Obrigado, doutor Miguel!"
"Isso não tem haver comigo, e sim com seu caráter, então não mude.
"Pelo que aconteceu, foi um erro que nunca mais irá acontecer."
"Espero, pois sabe que estará machucando outras."
"Eu sei!"- Cirilo respirou fundo.
"Então é só isso!"- Doutor Miguel se levantou, e saiu da sala do Rivera.
Cirilo ficou na sua sala lembrando do dia que teve, depois foi para sua casa.
No outro dia era de tarde, Cirilo estava em casa, quando a campainha tocou, e ele foi atender.
"Pai e mãe, o que fazem aqui?"- Ele perguntou preocupado.
"Nada, só viemos ver você, faz bom tempo que não vai lá em casa."- José estava sério.
"É verdade, tive pouco tempo, já que está chegando o dia de abertura da ONG!"- Ele apenas sorriu.
"Mas teve tempo de dormir com uma mulher casada?"- José deu uma bronca nele.
"O que quer que faça?"
"Afaste dela, Cirilo!"
"Eu tento, mas ela sempre volta, e faz um furacão."
"Isso não te fará feliz, poderás ter mil razões, mas não justificará, pois ela continua sendo casada."
"O que devo fazer?"- Ele perguntou irritado.
"Afaste-se dela, e não seja um irresponsável!"
"Eu prometi ao doutor Miguel que ia me afastar da filha dele, só como posso esquecê-la, a mesma aparece na minha frente todos os dias?"
"Atitude, filho… Ou você se tornou médico chorando?"- José falou sério.- "Essa encrenca você não precisa carregar, conquiste seu futuro, tem tantas mulheres por aí, por que você tem volta o passado?"
"Esse passado é minha vizinha, esse passado tem um filho que eu brincando com ele todo dia, ou quando estou no meu serviço, e a Maria Joaquina vai só para me provocar… Não sou mais aquele moleque ingênuo, pai! Eu cresci, não sou um santo, tem coisas que me machucam, vocês nunca ligaram, por causa de um bendito passado, em que eu só sofri."
"Todos nós sofremos!"- José olhou pro filho sério.- "Eu, sua mãe, seus amigos, mas isso não está certo, e nunca será!"
"Vou me afastar dela, está melhor para vocês?- Ele ficou sério.
"Isso é ótimo!"
"Tá bom, José! Ele entendeu a situação, agora vamos parabenizar nosso filho, pelas as conquistas que está conseguindo!"- Paula abraçou o Cirilo.
"Isso é verdade, filho!"- José sorriu.- "Eu e sua mãe nesse ponto, estamos muito orgulhosos."
"Obrigado!"- Eles ficaram comemorando.
Depois de passar a tarde com os pais, Cirilo foi levando eles até a porta, quando abriu a porta deram de cara com Ingrid, que ia tocar a campainha.
"Desculpas, senhores!"- Disse a moça sorrindo.
"Tudo bem!"- José sorriu, depois olhou para Cirilo com orgulho.
"O que houve, Ingrid?"
"Eu preciso falar com você!"- Ela falou séria.
"É séria?"
"Sim, pode ser a sós?"
"Sim, claro, já estamos indo embora!"- Disse Paula, mas desconfiada.
"Desculpas, ser um pouco rude, é que estou nervosa!"
"Não se preocupe, vamos deixar os dois sozinhos!"- Paula.- "Filho, estamos indo para casa."
"Tá legal, mãe!"- Ele cumprimentou os pais.- "Se cuidem!"
Paula e José foram para casa, enquanto deixaram Cirilo e Ingrid sozinhos.
"O que houve?"
"Deixe-me entrar, e eu digo!"
"Pode entrar!"- Ele deu passagem a menina. Foram até o sofá, até Cirilo puxar ela, e lhe dar um beijo.- " Precisava de um pouco disso!"- Ingrid sorriu.
"Melhor ir com calma, se não vai machucar seu filho!"- Ingrid falou, e deixou Cirilo surpreso.
"Filho?"- Ele estava com os olhos arregalados.
"Sim, estou grávida!"- Respondeu Ingrid sorrindo, e Cirilo ficou paralisado.