Desejos Proibidos

19

Alguns meses se passaram, Ingrid se encontrava com 8 meses de gestação, o casamento dos dois aconteceu só no civil, os dois escolheram assim, pois esperaria o filho nascer, e ter um na igreja. Durante esses meses, descobriram que bebe, seria um menino. Então o casal de médicos, fazia de tudo para que a gravidez fosse tranquila. Paula e José sempre aconselhavam nas dificuldades do casal, de como criar um filho. Nesse exato momento, Cirilo estava em casa com a esposa, quando ela começou a passar mal.
"Aí! Aí! Aí!"- Disse Ingrid chorando de com a dor.
"Amor!"- Cirilo olhou para ela desesperado.
"Minha barriga está doendo muito!"
"Será que nosso filho vai nascer?"- Ele aí estava de pé, pegou a chave do carro.
"Não sei!"- Respondeu Ingrid em lágrimas de dor.
"Vou te levar para o hospital!"- Cirilo pegou a esposa no colo, e rapidamente foi para o carro.- "Fique calma, Ingrid! Tudo vai dar certo!"- Ele olhou para ela, quando a mesma desmaiou.
Cirilo ficou super preocupado, quando pegou o celular, e ele discar o número no celular.
Doutor Miguel estava jantando com a sua família, quando seu celular começou a tocar.
"Serviço agora, Miguel!"- Clara deu uma bronca nele.
"Desculpa, amor!"- Ele sorriu.- É o Cirilo, deve ser importante."
"Hum!"- Maria Joaquina que estava com ele, não conseguiu deixar de se preocupar, apesar de estarem afastados, Cirilo tinha um carinho no seu coração. Então Miguel atendeu.
"Alô!"
"Doutor Miguel desculpas te incomoda a essas horas, mas Ingrid está passando muito mal, e acabou de desmaiar."
"Onde vocês estão?"
"Já estou chegando no hospital, só que preciso da sua ajuda!"
"Tudo bem, Cirilo! Já estou indo para ir!"- Miguel falou desligando o celular.
"O que houve, pai?"- Maria Joaquina estava preocupada.
"É que sua prima está passando mal, e o Cirilo me ligou desesperado, pois ela desmaiou."
"Será que o bebê vai nascer?"- Henry.
"Cirilo, não entrou em muitos detalhes, mas estou indo!"
"Tudo bem, avisarei os pais dele!"- Clara.
"Sim!"- Ele saiu de casa.
Cirilo chegou com a esposa no hospital, ainda desmaiada, e uma maca já lhe esperava, então foram diretamente para sala de emergência.
Horas passaram, Miguel chegou, e foi direto para emergência também. Assim os pais dos casais, e dos amigos foram para o hospital, e esperavam notícias.
Dentro da sala de emergência, a situação não estava nada tranquila, ao contrário do mais grave possível, pois a Ingrid não se reanimou, e isso deixou Cirilo mais nervoso.
"O que está acontecendo?"- Ele não conseguia entender, quando chegaram resultado dos exames, doutor Miguel leu, e viu que a situação era complicada.
"Cirilo, durante esse último mês de gestação, sua esposa pegou uma infecção, e isso afetou ela e o bebê."- Cirilo explicou sério.
"O estado deles é grave?"
"A sua esposa não vai sobreviver ao parto."- Cirilo deixou as lágrimas caírem, Miguel estava de coração partido.
"Mas se salvamos ela?"
"Ela não sobreviverá, em relação ao seu filho, ele tem pouca chance de sair vivo, iremos fazer um parto de cesária."
"Minha família, doutor Miguel! Minha esposa, meu filho!"- Ele chorava.
"Melhor você ficar lá fora, pois essa situação é muito forte."
"Vou ficar o tempo todo do lado deles, não vou sair daqui."
"Ok!"- A cada segundo dos procedimentos que os médicos faziam, Cirilo estava cada vez mais triste, aquela sensação ele jurava não passar. Sua esposa já não poderia salvar, e agora seu filho era a única esperança.
As lágrimas desciam, pelos seus olhos, quando os médicos acabaram com a retirada do bebê do útero da mãe, sem se escutar nenhum choro. Cirilo, a única coisa que fez, foi derrubar em prantos, pois seu filho já não estava vivo.
"Meu filho! Minha esposa! Minha família!"- Ele foi até o bebê, e o pegou no colo.- "Por que fez isso comigo, Deus? Por que fez isso comigo?"- Ele falou beijando o pequeno bebê.
"Doutor Cirilo!"- A médica tentou falar com ele, mas o mesmo se afastou, e foi até onde Ingrid estava.
"Eu sempre amarei os dois, talvez eu vá junto com vocês!"- Ele falou segurando a mão dela.
"Não fale isso!"- Miguel se aproximou dele.- "Não consigo nem imaginar, como deve está doendo, mas você precisa ser forte, e continuar."
"Não tem como continuar sem a minha família, sem meu filho, não tem como continuar!"
"Eu sinto muito pelo que está acontecendo!"
"Quero ficar sozinho com eles!"
"Tudo bem!"
Toda equipe médica saiu do local, quando foram indo até recepção, nenhum deles tinha empolgação. Todos viram Miguel, e os médicos estavam vindo para perto deles, então Paula perguntou.
"Doutor Miguel, e o meu filho?"
"Tenho uma notícia bem triste para falar com vocês!"
"O que houve, doutor Miguel?"- Falou José rude pela preocupação.
"Ingrid, durante o último mês de gestação, pegou uma infecção muito forte, causando a morte dela e do bebê!"- Todos ficaram de bocas abertas, mas as lágrimas nos olhos de todos foram muito fortes, principalmente de Paula e José.
"Onde está meu filho?"
"Ele está lá dentro, preferiu ficar sozinho!"
"Posso ir vê-lo?"- José.
"Claro, a enfermeira vai acompanhar os dois!"
Os pais do Cirilo foram onde ele estava, nisso entraram, e viram o filho no chão chorando. Paula correu para abraçá-lo, assim como José, a única coisa que Cirilo fez foi chorar abraçado pelos pais.