Desejos Proibidos

26

No outro dia de manhã, Maria Joaquina tinha acabado de acordar, pois teria muitas coisas para fazer. Além de ter assuntos na  faculdade para resolver, também tinha que conversar com seu ex marido, pois seu filho quer ir morar com pai em Paris. Isso a deixava bastante triste, mas entendia a vontade do menino, ela estava sentada no quarto, quando Cirilo se aproximou, e a beijou no rosto.
"Oi, amor!"- Disse Cirilo sorrindo.
"Oi!"- Ela não estava na mesma empolgação, ao contrário respirava fundo, para não desabar.
"O que houve?"- Ele perguntou, e a Maria Joaquina apenas lhe abraçou, suas lágrimas caiam.
"Não sei o que vou fazer sem o meu filho!"
"Como assim?"
"Ele quer ir morar com o pai dele, e isso está acabando comigo!"- Maria Joaquina abaixou a cabeça. E vendo a reação da amada, Cirilo falou:
"Você não acha isso um erro?"
"Mas não posso fazer nada!"
"Estou falando de nós dois!"
"Não, eu te amo!"- Maria Joaquina olhou para ele.
"Só que não quero ver você sofrendo, por minha culpa, e sei lá eu me afasto."
"Não quero, já cometemos muitos erros, de todos esses está sendo o mais certo."- Ela colocou a mão em seu rosto.- "Não vou conseguir dormir mais com outro homem, sem ser você… Eu te amo!"- A mesma beijou a boca do Cirilo.
"O que fazer em relação ao seu filho?"
"Mesmo me partindo em pedaços, não posso prender a mim, sendo que Henry é o pai dele."
"Acha isso certo?"
"Cometi o erro, então quem tem que pagar por ele sou eu!"
"Também sou errado nessa história, desculpa mais uma vez, te fazer passar por isso."
"Esquece quem é o culpado, só vamos viver, pois o verdadeiro homem foi você."- Maria Joaquina beijou a boca dele, nisso Isaque chegou na sala.
"Mãe!"- Ele falou sério.
"Oi, filho!"- Maria Joaquina sorriu.
"Você falou para meu pai, que vou morar com ele em Paris?"- Maria Joaquina abaixou a cabeça.
"Vou me encontrar com ele mais tarde, mas antes preciso falar com você."- Maria Joaquina ficou séria.
"O que houve?"- O menino estava sério.
"A mamãe vai ser sincera com você, eu e o tio Cirilo estamos namorando."- Ela falou com receio da rejeição do filho.
"Por isso, a senhora deixou meu pai?"
"Mas ou menos, filho!- Maria Joaquina ainda estava séria.- Entre eu e o seu pai nunca existiu amor, só queríamos dar certo para você não sofrer, mas não quero que você odeie Cirilo por causa disso, e nem o seu pai."
"Não culpo, tio Cirilo, nem senhora, mas quero morar com meu pai, não gostei desse país!"- Ele falou com a mãe.
"Por que?"
"Só quero ir embora, só isso mesmo!"- Ele saiu de perto da mãe.
"Aconteceu alguma coisa no colégio?"- Maria Joaquina.
"Nunca gostei desse país, só que meu pai precisava, então fingi estar feliz, mas não quero morar aqui!"
"Tudo bem, não precisa se alterar!"- O garoto foi correndo para o quarto.
Enquanto, Maria Joaquina abraçou o Cirilo.
"Vai ficar tudo bem!"
Passaram as horas, Maria Joaquina se encontrava no apartamento do ex-marido, quando o mesmo perguntou:
"Maria Joaquina, o que faz aqui, se arrependeu?"
"Não, mas preciso falar com você."- Ela estava séria.
"O que houve?"
"Isaque já sabe da nossa separação."
"Isso indica que fez várias invenções na mente do meu filho?"
"Não, falei a verdade, tanto que ele quer ir morar com você em Paris!"- Ela foi firme possível.
"Isso é sério?"
"Sim, amo meu filho, mas não tem para que mentir para você.
"Mais o que já fez?"
"Cometi erros, mas não estou aqui, para falar de uma relação que acabou, mas Isaque tomou uma decisão, então tenho que respeitá-la.
"Pelo menos fez uma coisa certa, sem pensar em você primeiro, e sim na felicidades do meu filho…- Ele falou para ela.- "Eu sabia que ele iria morar comigo, vamos convencer que ele nunca gostou do país."
"Ele me falou isso, mas já estou indo embora, quando chegar o papel do divórcios, me fale!"- Ela pegou a sua bolsa, e foi saindo.
"Ei, espera aí!"- Henry entrou na frente dela.
"O que foi?"- Maria Joaquina não entendeu.
"Não senti mais saudades de mim? Mesmo sem amor, você se entregou a mim."
"Não, melhor procurar outra pessoa para te satisfazer, pois amo o Cirilo, e daria minha por nós dois.
"O que ele tem que eu não tenho?"
"Ele me ama, assim como eu a ele, mas se quiser entrar em detalhes, vamos ficar aqui até amanhã."- Ela falou passando por Henry.
"Essa relação não vai dar muito certo, ele não tem o dinheiro que tenho, vai me deixar mesmo assim?"
"Não ligo!"- Ela saiu do apartamento do Henry, depois foi para o trabalho, Maria Joaquina estava na sala, quando entrou a Margarida.
"Amiga!"- Ela chamou Margarida, que estava de cabeça baixa, logo levantou.- "O que houve?"- Margarida ficou preocupada.
"Me separei do Henry!"- Ela respirou fundo. Então Margarida se sentou na cadeira à sua frente.
"Não era isso que queria?"
"Sim, mas, o Isaque vai ir morar com o pai."
"Sério?"
"Sim, fui falar com Henry agora."
"Você deve estar muito mal!"
"Sim, mas não vou forçar meu filho a ficar comigo."
"Tudo vai se resolver!"
"Espero!"- Maria Joaquina sorriu.- "Agora está na hora de trabalharmos."- Margarida sorriu.
As duas começaram a trabalhar, com os novos modelitos para grávidas, já que a barriga da Garcia se encontrava grande, e  facilitou as coisas. Maria Joaquina se concentrava muito no que fazia, mas uma pequena sensação estranha a fez parar.
"O que foi?"- Perguntou Margarida, vendo Maria Joaquina lhe olhar.
"Nada, só senti um cala frios!"- Ela falou se levantando, e voltou no que iria fazer, mas acabou sentindo um mal estar de novo.
"Maria Joaquina, está tudo bem com você?"- Perguntou Margarida preocupada, vendo a amiga desmaiar em sua frente.