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Já era sábado de tarde, Henry chegou no Brasil, e se encontrava na casa de Maria Joaquina, esperando o filho terminar de se arrumar, para ir com ele a Paris. Cirilo estava trabalhando naquele dia, e a Maria Joaquina sentada no sofá, com um copo de água, e as lágrimas caíam, quando o rapaz falou.
"Não precisava passar por nada disso, se ainda estivesse comigo."- Ele disse sério.
"Não te amo, isso iria machucar mais o nosso filho, do que a nós dois."- Ela respondeu da mesma forma.
"Prefere um homem, do que a felicidade do seu filho."
"Isso é não verdade, meu amor pelo Isaque sempre será incondicional, mas também vou ter outro filho, e vai ser do homem que amo."
"Quando você dizia que me amava... Onde foi para esse amor?"
"Eu nunca disse que te amei, mas foi em uma péssima ocasião, pois  estava tentando fugir de mim, quando acabei bebendo demais, então encontrei você, e acabei engravidando."
"Você gostou do que fizemos!"- Ele sorriu, e Maria Joaquina revirou os olhos.
"Estava cheia de raiva, quando vi no jornal que Cirilo estava namorando uma loira americana azeda, pensei que ele tinha desistido de me amar… E não gostei!"- Ela se levantou, e foi ajudar o filho.
"Pai, estou pronto!"- Disse o menino sério.
"Então, vamos!"- Henry se levantou, e pegou a mochila do filho, assim a levou pro carro.
Maria Joaquina se ajoelhou na frente do filho, e lhe deu um grande abraço.
"A mamãe te ama!"- Beijou a bochecha dele.
"Eu também, mamãe!"- Disse o garoto entre lágrimas.- " A senhora tem certeza, que não quer vir com a gente?"
"Sim, mas nas férias você vem ficar comigo e com o tio Cirilo, além de conhecer seu irmãozinho.- Maria Joaquina sorriu.
"Tá bom!"- O garoto deu mais um abraço na mãe.
Ele ia saindo com o pai, quando Cirilo chegou em casa.
"Já vai, garotão?"- Perguntou sorrindo.
"Sim.- O garoto respondeu sério.
"Isso é um presente para você."- Isaque sorriu.
"Obrigado!"- E deu um abraço no Cirilo.- "Cuide da minha mãe!"
"Pode deixar!"- Cirilo disse sorrindo.
Então Isaque e Henry saíram de casa, Maria Joaquina sentou no sofá chorando. Cirilo se aproximou dela, e a abraçou.
"Tudo vai ficar bem!"- Ele disse vendo as lágrimas dela caírem.
"Acho que estou me arrependo de deixá-lo ir embora."- Falou com a voz rouca.
"Você irá vê-lo sempre que puder, você vai sentir um pouco de saudades, mas com tecnologia poderiam se falar todos os dias."- Cirilo respirou fundo, pois sabia da dor que ela sentia.
"Nunca compreendi como seria a sua dor de perder um filho, mas agora sei como você sofreu, desculpas!"- Ela colocou a mão no rosto dele.
"Por que?"- Cirilo olhou sério para ela.
"Ser tão egoísta, e causar essa dor toda, pois se não tivesse insistido tanto, você estaria com seu filho, e com minha prima ainda.
"Eu amo você, Maria Joaquina!"- Ele disse sério.- "Não foi sua culpa, nós dois erramos juntos, nosso desejo fez muita gente sofrer, mas você é a mulher que amo, e a mulher que mais quero criar uma família.- Ele a beijou na boca- "E se foram de erros que nós encontramos juntos aqui hoje, eu cometeria todos eles de novo, só para ficar com você."
"Eu te amo, Cirilo!"- Maria Joaquina sorriu.- "Pelo menos dessa vez, quero fazer as coisas totalmente certas.
"Sim!"- Os dois ficaram conversando, enquanto Maria Joaquina ainda estava para baixo, mas Cirilo lhe dava o apoio que ela precisava.
Passou os dias, Maria Joaquina e Cirilo as coisas corriam super bem, os dois se entendiam muito bem. Só que isso não significa que a gravidez era tranquila, por conta da tristeza do filho está longe, isso afetava o emocional da Maria Joaquina, consequentemente a sua gravidez. Isso deixava Cirilo muito preocupado, o que pressionava mais ainda a Maria Joaquina. Ela conversava com a mãe sobre seu relacionamento com o Rivera
"Como estão as coisas com Cirilo?"- Clara perguntou a filha respirando fundo.
"Eu amo ele, mas ao mesmo tempo ele está sendo muito controlador."
"Ele te prende em casa?"- Clara ficou séria.
"Não, não é por causa de ciúmes, mas por causa da gravidez, depois que a doutora falou da minha pressão alta, o mesmo não se desgruda."- Clara sorriu.
"Ele só está assim, por causa que já perdeu um filho, mas conversar com ele."
"Eu tento, mas ele dá um pouco de tempo, mas depois sempre volta a mesma coisa."
"Precisa ter paciência!"- Clara abraçou Maria Joaquina.
"Não pensei que seria tão difícil crescer, e ser adulta."- Ela soltou um sorriso.
"É assim mesmo, olha não dar tanta bola para isso, logo seu filho vai estar em seus braços, e o Cirilo mais calmo."
"Espero!"- Maria Joaquina se levantou.- "Agora já vou!"
"Sim!"
Ela saiu da casa da mãe, então foi para casa, a mesma entrou e foi cumprimentar a empregada.
"Monique, cheguei!"- Ela falou se sentando na bancada.
"Oi, patroa!"
"O Cirilo chegou?"
"Sim, está no quarto, mas acho que não está nada bem."- Maria Joaquina ficou preocupada, então se levantou, e foi para o quarto. Estava tudo escuro, apenas um abajur com uma foto, em que Cirilo tirou do seu filho que faleceu. O mesmo estava chorando, pois a dor da perda ainda era muito presente.
"Dês o que soube que seria pai, eu te amei muito, meu filho! Mas não deu nem tempo de conhecer esse mundo, você não me chamou de pai, a única que pude ver, seus olhinhos fechados, e indo direto para o céu. Ainda não consigo me perdoar, por causa dessa dor em você e sua mãe, espero que os dois me perdoam."- Disse entre lágrimas. A de Maria Joaquina também descia, pois via o sofrimento do marido, e lembrou da conversa que teve com a mãe.- "Eu sempre vou te amar, meu filho!"- Ele guardou a foto, quando sentiu a presença de Maria Joaquina, tentou limpar os olhos.
"Não precisa esconder a verdade, porque pressinto a dor que sente!"-
"Desculpas por ser tão fraco!"- Ele abaixou a cabeça.
"Era o seu filho, eu te entendo!"- Ela limpou os olhos.
"Prometo ser menos inseguro, e deixar dar mais espaço para você."- Maria Joaquina sentou na cama, então beijou a boca dele, com muita conexão os dois se beijavam.
"Eu te amo, Rivera!- Ela disse entre os beijos.- "Da maneira que você vier para mim, sempre vou te amar!"- Ela estava deitando ele na cama com os beijos, o mesmo deixava Maria Joaquina lhe amar
"Isso pode machucar o nosso filho!"- Disse Cirilo saindo do transe.
"Acho que ele merece sentir o amor dos pais, isso minha mãe disse que faz muito bem ao bebê!"- Maria Joaquina piscou para ele.
Cirilo a virou, assim deitando na cama, então ficou em cima dela, com cuidado ia beijando a sua boca.
"Eu te amo, meu chato!"- E os dois passaram mais uma noite juntos.
No outro dia de manhã, Cirilo estava tomando café, quando Maria Joaquina adentrou pela cozinha.
"Bom dia!"- Ela deu um selinho nele.
"Bom dia, amor!"- Cirilo sorriu.
"Já vai ao hospital?"
"Não, vou na confecção, hoje é o dia da bateria de exames no local, para garantir que ninguém esteja doente."- Maria Joaquina apenas sorriu.- "O que foi?"
"É que depois de tanta coisa, ainda tenha esse coração de ouro, isso sempre admirei!"
"Destratar as pessoas, não vai fazer minha vida melhorar, mas sim piorar."- Cirilo piscou para ela.
"Verdade!"- Ela se sentou ao lado dele, para também tomar café da manhã.
"E você, como será seu dia?
"Além de ir com a minha mãe fazer a ultrassom, para saber o sexo do nosso bebê, também vou ver as coisas para o chá de bebê, e revelação."- Ela falou como os olhos brilhando.
"Quando souber me avise!"
"Isso vai ser surpresa, meu querido!"- Ela sorriu.
"Pensei que isso seria apenas para os nossos amigos... Vai me deixar na curiosidade?"
"Sim, primeiro isso faz parte do chá revelação, outra que se eu te falasse, iria contar rapidinho pros nossos amigos."
"Agora me ofendeu!"- Ele fez cara de garoto mimado.
"Mas é verdade!"- Os dois sorriram.
"Tudo bem!"- Ele se levantou.- "Agora estou indo trabalhar."- Ele deu um beijo nela.
"Tá bom!"

Desejos ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora