𝐴𝐺𝐸𝑁𝑇𝐸 𝑆𝐸𝐶𝑅𝐸𝑇𝐴 - CONCLUÍDO

C A P Í T U L O 10

DEVIL

Saio da escuridão e com as mãos no bolso vou a passos calmos até onde Melinda está, tentando conter as mãos bobas do velho que com seu corpo rechonchudo a pressiona contra parede. Apesar da pouca luz vejo o nojo banhando seu rosto, junto com a vontade de sair correndo para longe do velho tarado.

Minha vontade de matá-lo se torna ainda mais incontrolável quando ele sopra palavras nojentas para Melinda.

- Vamos gracinha, me mostre o que este vestido esconde.

- O que o vestido esconde só eu posso ver - Puxo o velho para longe de Melinda, que sem pensar duas vezes vem para o meu lado. - Fracamente, você realmente achou que uma mulher linda como ela iria se interessar por você?

- Devil, seu desgraçado!- após rosnar como um animal feroz o velho começa a perder o equilíbrio do corpo e desaba de vez no chão. Sorrio para ele, não escondendo a satisfação que sinto por ver que a pequena dose de veneno está fazendo efeito, o deixando fraco e atrasando seus movimentos. - Essa... Essa vadia colocou alguma coisa na minha bebida.

- Baltazar... - Me abaixo a sua frente, dando um tapa forte em seu rosto gordo. - Não se deve falar assim de uma mulher, ainda mais sendo ela a mulher do homem que irá te matar.

- Vou acabar com você, Devil. Tobias vai amar receber os seus restos como presente.

- É Mesmo? E como você vai fazer isso? Estou curioso.

- Devil... - minha atenção se volta para Melinda quando sua mão trêmula para em meu braço. - Vamos embora, é arriscado ficar aqui, alguém pode chegar e...

- Escute sua vadia, pelo jeito ela é esperta e não apenas uma buceta gostosa.

Mando todo o meu alto controle para o quinto dos infernos e sem pensar duas vezes saco a arma, atirando na perna do velho, que grita de dor enquanto o sangue jorra do ferimento. Me sinto satisfeito com isso e muito tentado a matá-lo agora mesmo, mas Baltazar merece sofrer um pouco, ele merece sentir dor e espero que a cada golpe que darei, ele também se lembre que seu maior erro não foi querer passar Tobias para trás, mas sim ter encostado suas mãos nojentas em Bella.

É por ela que estou aqui, prestes a matar esse desgraçado com prazer escorrendo dos meus olhos. Irei decepar com prazer as mãos que um dia marcaram a pele de Bella, as mãos nojentas que quase a matou.

Contenho essas lembranças ruins e saio puxando o velho até o carro, Melinda me segue em silêncio, abraçando o próprio corpo para se proteger do frio. Jogo o velho no banco de trás que solta inúmeros xingamentos e insultos para cima de Melinda..

Saco a arma novamente e atiro na outra perna e antes de dar partida aviso mais uma vez que o melhor para ele agora é ficar de boca fechada.

- Se não quiser ir para o inferno agora mesmo é melhor calar a porra da boca.

Como bem imaginei ele é um covarde. Baltazar só se faz de grande para cima de mulheres e crianças, mas quando dá de cara com um homem como eu, basta apenas uma ameaça séria para ele pôr o rabo entre as pernas.

- Vou te deixar na boate de Tobias, Melinda. Seu serviço está feito.

- Você vai me levar com você e não aceito que fale não.

- Você não vai querer ver eu matando o velho tarado.

- Então.... Então me leve para a sua casa, mas não para a boate.

Inferno!

Eu cometi um grande erro ao ter passado o endereço da minha casa naquele dia e agora estou prestes a cometer outro por atender ao seu pedido. Certamente não será um boa ideia tê-la em minha casa, espalhando seu cheiro por aí, mas também não quero levá-la até a boate, percebo que isso é uma grande idiotice minha, até porque Melinda não é mais a vadia de Tobias, o que significa que qualquer um pode se achar no direito de encostar nela só porque não estou lá.