C A P Í T U L O 1 7

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DEVIL

Apesar de surpreso eu não mostro isso para Melinda, apenas  atendo seu pedido e me deito ao seu lado, puxando seu corpo para o meu. Ouço ela soltar um suspiro baixo quando deixo um beijo em seu ombro e levo minha mão a mergulhar entre a abertura do roupão, acariciando de leve sua barriga plana.

— Então quer dizer que essa é a Melinda que se esconde atrás daquela mulher infernal que me tira do sério? — Sussurro em seu ouvido, deixando um beijo no lóbulo da sua orelha.

— Eu estou apenas tendo um momento de fraqueza, ainda sou a mesma mulher que te tira do sério. — se vira para mim, trazendo sua mão quente até meu peitoral — Então não comemore muito ou não se impressione por eu estar com a guarda baixa.

— Gosto de você como a diaba que me faz ir contra todos os meus princípios, então por favor, não demore a trazer ela de volta.

Melinda não diz nada e para minha total surpresa ela trás seu lábios até os meus e me beija cheia de ternura, mais uma vez me prendendo em uma sala de indagações por eu tê-la me beijando como se o que houvesse entre  nós fosse algo que ultrapassa a luxúria e aquela paixão desenfreada que nos ronda.

Gosto de tê-la em meus braços e isso me põe ainda mais em uma situação delicada, porque estou andando com os olhos vendados ao seu lado, sem saber por qual caminho devo seguir com ela. Não posso trazer Melinda para minha vida sem que haja consequências, mas eu também não posso deixá-la

Por Deus, em hipótese alguma eu posso abandonar essa mulher, isso seria como deixar um pedaço de mim para trás, porque talvez, bem lá no fundo eu esteja gostando dela. 

Paro o beijo quando sinto um gosto salgado invadir minhas papilas gustativas e quando olho para Melinda a encontro chorando, deixando que agora alguns soluços agitem seu corpo preso em meus braços.

Mas o que está acontecendo aqui? 

— Melinda...

— Está tudo bem, eu só estou um pouco fragilizada — Sorrir, mas seu sorriso não alcança seus olhos banhados em lágrimas — E gostando de ter você aqui comigo, isso só está dificultando as coisas para mim e eu assumo que não estou sabendo lidar com isso.

— Você está escondendo algo de mim — Afirmo, completamente seguro das minhas palavras e como se eu fosse a qualquer momento por uma faca em seu pescoço, ela foge dos meus braços e vai até a outra extremidade do quarto, contribuindo para que minhas suspeitas ganhem mais forças — O que você esconde?

— Nada, eu não tenho nada e nem motivos para esconder algo de você.

— Eu não sou burro Melinda, apesar de Tobias ser um filho da puta ele não iria fazer aquilo com você atoa.

— Mas fez! — Esbraveja irritada, agarrando com força o tecido do roupão — Por favor, me deixe sozinha, Devil. Eu queria você aqui comigo para me fazer companhia, não para me pôr contra a parede e exigir respostas.

Vou até ela e levando minhas mãos até seu rosto eu a forço a olhar fundo em meus olhos, esperando que ela veja que a partir de agora ela terá que decidir qual rumo seguir e eu espero que o mais breve possível ela chegue para mim e me dê a resposta que tanto quero.

— Você está ficando sem opções. — massageio seus lábios secos, ignorando a vontade de beijá-los — Está na hora de decidir do lado de quem você irá ficar.

— Co.. Como assim? — Engole a seco, esperando que eu dê mais explicações, mas eu não posso. Ela terá que escolher um lado e eu espero que Melinda escolha o meu.

𝐴𝐺𝐸𝑁𝑇𝐸 𝑆𝐸𝐶𝑅𝐸𝑇𝐴 - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora