C A P Í T U L O 23

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MELINDA

Estou deitada no braço de Devil, traçando círculos imaginários em seu peitoral enquanto sua mão grande acaricia minhas costas, descendo lentamente até o final da minha coluna vertebral, para depois voltar até meu ombro. Ele repete sem pressa todo esse caminho e tenho a sessão que ele está tentando gravar em sua mente como é me tocar assim, sem roupa enquanto estou junto dele em um quarto com cheiro de sexo e suor.

Meu coração erra uma batida quando lembro de suas palavras bonitas, dos seus olhos me olhando com adoração e isso mexe com algo profundo dentro de mim. Devil me vê como nenhum outro homem se mostrou capaz e essa sua atenção basta para que o queria ao meu lado a cada minuto.

Junto com esse sentimento bom, vem também a frustração por não podermos viver o que temos em paz, esse é o preço que estamos pagando por sermos agentes, sedentos e viciados em trabalho e isso tudo é uma grande droga.

— Você não está aqui comigo, linda — sua voz chama minha atenção, me fazendo olhá-lo com um misto de confusão — Quero que volte para mim.

— Não seja bobo, eu estou bem aqui, grudada em você.

— Mas sua mente está longe e como te conheço muito bem, sei que estava pensando em trabalho.

— Pode se dizer que sim, mas eu estava pensando mesmo nisso que nós temos. — Beijo seu peitoral, me sentado sobre a cama, abraçando meu corpo quando começo a sentir falta do calor de Devil.

— E o que nós temos? — sinto seu braços me prendendo em um abraço apertado, me fazendo apoiar a cabeça  em seu ombro.

— Eu não sei — Sorrio sem humor, fazendo um pequeno biquinho moldar minha boca — Me diz você, Devil, o que nós temos?

— Eu também não sei, mas tenho certeza que é algo muito forte, eu consigo sentir que sim, você não?

— Eu também sinto e assumo que às vezes, quando vejo o quão intenso e arrasador é, eu fico com medo, porque nunca vivi nada assim. Sim eu tenho medo do sentimento entre um homem e uma mulher, mas não tenho medo de ter uma arma apontada para mim.

— Todos nós temos medo, linda e está tudo bem.

— Você está me surpreendendo a cada minuto, Devil. Desse jeito não vai ser tão difícil assim te amar.

— Isso soa como música para meus ouvidos.

Solto um resmungo descontente quando seus braços me soltam e sinto ele deixar a cama. Mordo com força meu lábio inferior quando olho para seu corpo nu, exibindo toda sua glória, mostrando o quão viril ele é.

— Se quer é só pedir, gata — acaricia descaradamente seu membro semi  ereto — Não vou hesitar em te fazer gritar meu nome novamente.

— Ah droga, retire minhas palavras anteriores, você não está me surpreendendo em nada, ainda é o mesmo cretino devasso de antes.

— E você adora saber disso — Me lança uma piscadela, pegando a toalha e indo até o banheiro para se banhar — Fique à vontade para me fazer companhia.

— Tentador, mas não, nós não vamos tomar banho se eu entrar nesse banheiro com você, até porque, você não é capaz de resistir a mim.

— E muito menos você a mim.

Cretino! Grito em pensando e assumo apenas  para mim que ele está coberto de razão, eu não sou mesmo capaz de resistir a ele.

(...)

Com uma xícara de café ao meu lado e Devil concentrado em seu notebook, eu tomo alguns minutos para analisar as informações que Matias me mandou. Caio nos deu algumas informações sobre Tobias, mas elas não são claras o bastante para nos levar ao esgoto em que ele se esconde.

𝐴𝐺𝐸𝑁𝑇𝐸 𝑆𝐸𝐶𝑅𝐸𝑇𝐴 - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora