Ana
Thomas andava atrás de mim que nem um cachorrinho, ele estava certo quanto a praia estar vazia, afinal só tínhamos nós dois aqui.
- Isso aqui costuma ficar mais cheio no verão - ele comenta puxando assunto.
- É, se eu fosse eles também não imaginaria que no outono aqui não estaria frio.
Resolvo parar para tirar uma foto do mar, queria mostrar para minha mãe que no fim resolvi vir.
- Quer que eu tire uma foto sua? - Thomas me pergunta.
- Eu não sei muito como tirar fotos na verdade...
- Só fica parada ué - ele fala pegando o celular da minha mão - vai, sorri - sorrio e percebo que ele também estava sorrindo. Thomas para e fica um tempo analisando, mas logo se volta para mim - toma, as fotos ficaram lindas.
Pego meu celular e vejo que ele havia tirado várias fotos, realmente elas estavam bonitas, encaminho para minha mãe e volto a observar a paisagem.
- Você veio de biquíni?
- Não. - respondo
- Quem vem a praia sem roupa de banho?
- Eu não estava planejando passar muito aqui - sorrio ironicamente.
- Ah...- ele fala pensativo, repentinamente Thomas tira sua camisa, revelando o seu abdômen levemente definido, e a joga na areia - Ana, me empresta seu celular? Acabei não trazendo o meu e queria tirar umas fotos.
Sem hesitar entrego o aparelho eletrônico.
- Você trouxe mais alguma coisa com você? - ele pergunta
- Na verdade não... - com minha resposta, sem mais nem menos, Thomas joga meu celular encima de sua blusa. - Tá maluco? Se tiver quebrado eu... - antes que eu pudesse completar a frase ele me pega no colo e sai correndo em direção ao mar.
Grito e esperneio na tentativa de conseguir me soltar, porém não consigo.
- Me larga seu imbecil, eu já falei que não estou de biquíni! - falo socando suas costas.
Thomas ria descontroladamente enquanto caminhava em direção a água.
- É a última vez que eu peço, me solta! - ignorando-me ele me joga no mar e logo depois mergulha junto.
- Eu te odeio! - grito quando recupero o fôlego.
- Aproveita que a água tá gostosinha - ele fala nadando de costas, se afastando de mim, pois sabe que sou capaz de acabar com a raça dele.
- Gostosinha é o caralho, a minha roupa está encharcada.
- Acontece - ele fala rindo.
Decido sair do mar, mas sou impedida por Thomas que rapidamente me puxa pela cintura.
- Você já tá molhada, pra que sair agora?
- Não fala comigo - falo pausadamente
Com a maturidade de uma criança de 8 anos como resposta Thomas começou a jogar água em mim. Travamos uma guerra durante aproximadamente 10 minutos, porém acabei cansando e saí do mar.
Sento-me na areia e observo Thomas na água, resolvo tirar uma foto sua e mando para minha mãe, a mesma me responde instantâneamente.
- Que paisagem linda e olha que eu nem estou falando da praia.
Boba -
- Boba é você que não investe.
Levanto o olhar e vejo Thomas vindo em minha direção, desligo o celular rapidamente.
- Confessa que você se divertiu - ele fala sentando-se do meu lado.
- Nunca.
- Eu sei que sim. - Thomas fala me encarando, retribuo o olhar porém ele desvia rapidamente. - Vou comprar cerveja, quer? - ele pergunta se levantando.
- Não, obrigada. - Vejo ele se distanciar e ir em direção a um bar próximo.
Será que existe mesmo uma possibilidade de Thomas gostar de mim? Ele não é mais aquele garoto antipático e seco de antes, mesmo continuando imbecil, ele mudou bastante...
Meus pensamentos são interrompidos pelo próprio dito cujo.
- Tem certeza que não quer um gole? Só comprei uma garrafa pra não ficar tão perceptível que bebi, meus pais e sua mania de achar que ainda sou criança...
- Não quero não. - paro para pensar e logo pergunto - Você é fraco para bebida? Uma garrafa não deixa uma pessoa bêbada... - comento.
- Uma gota de álcool já faz com que eu fique um pouco mais sincero, mas só isso.
- Ou você é fraco para bebida...
- Eu não sou.
- Talvez seja.
- Eu não sou fraco, nunca dei pt.
- Quem me garante isso?
- Eu, porque eu não sou fraco.
- Aham.
- Sim.
- Admite que você não aguenta beber.
- Eu bebo dez garrafas de vez e ainda posso dirigir um caminhão.
- Claro.
- Eu não sou fraco, se manca.
- É só admitir, Thomas.
- Nunca.
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O Irmão Mais Velho
RomanceQuando os meus problemas já estavam me sufocando recebo uma proposta de emprego para trabalhar como babá em uma casa de família nos Estados Unidos, porém não contava que teria que lidar com o irmão mais velho da criança. #1 em romance