CAPÍTULO 17.

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PARTE II:
A Obsessão Incontrolável.

EM LONDRES.


Tic-tac.

Tic-tac.

A cabeça de Louis estava latejando quando ele colocou dois dedos na têmpora e tentou respirar, calando qualquer que fosse o barulho na sua cabeça.

Ele estava na sua sala de reunião, com outros dez homens que queriam ter apenas uma, somente uma oportunidade de arrancar a cabeça dele. O primeiro passo para ser um milionário tinha sido saber identificar as pessoas, não somente entendê-las. Identificar. Era quando ele separava a escória daqueles em que poderia realmente depositar confiança - e não havia quase ninguém em que ele poderia confiar. Não havia ninguém.

Enquanto os homens discutiam a aliança com uma filial qualquer, Louis continuava inexpressivo, sem de fato expor sua opinião durante um longo momento. Para ser honesto, seu princípio sempre fora fazer dinheiro o suficiente para se tornar algo irrelevante.

E tinha se tornado; ele já não se preocupava com uma coisa tão banal como o dinheiro havia muito tempo. Dia após dia, outras preocupações tinham aparecido e tomado toda a sua atenção. Ele tinha coisas mais importantes com o que se preocupar no momento.

Eu disse que estava acabado.

Não estava.

Não estava nem perto de acabar. Louis sabia que parecia e cheirava como um cretino obsessivo, mas a verdade sempre partiu desse maldito princípio: Louis Tomlinson era um cretino obsessivo. Ao longo da vida ele tinha acumulado pequenas obsessões, pequenos rostos que o fascinaram, pequenas sensações e até mesmo alguns objetos. Tudo tinha sido apenas uma coisinha pequena durante muito tempo. Mas nos últimos meses sua cabeça girava e girava, com uma besta contida, porque ele não poderia fazer o que quisesse e quando quisesse, e essa falta de controle, a necessidade de controle, estava fodendo com ele.

Não estava acabado.

Louis serial racional. Ele gostava de ter peças verdadeiras no tabuleiro - e naquele ponto, já conhecia o suficiente de Harry. Havia uma breve consciência pairando sobre ele de que Harry poderia simplesmente desistir. Era um jogo muito estreito, o que eles estavam jogando. Muitas probabilidades de dar errado, muito perigo. Harry poderia simplesmente esquecer Louis e ir viver uma vida comum e pacata com o bastardo que ele curtia foder às vezes. Louis conseguia compreender, caso fosse a parte adolescente clamando por liberdade de Harry. Mas. Sempre havia um mas. Quando você tem uma coisa favorita, você não gosta de simplesmente deixar que outro a tome.

Tinha feito tudo que poderia para tirar Malik do jogo. O simples fato de saber que Malik era um oponente em potencial o irritava, enviava uma onda gritante de ódio para o seu cérebro, e ele se lembrava de que no fim das contas, Malik era o filho do prefeito. Havia um certo limite que Louis poderia percorrer e, novamente, ele já não estava mais controlando isso. Louis sabia que Harry estivera com o bastardo. Ele só precisava analisar toda a situação, então entenderia que seu plano de afastá-los tinha fracassado.

Quase podia imaginar a cena se desenrolando: Harry passando o resto dos dias com outro homem, outro homem que tocaria seu corpo, mas que não saberia como deixá-lo eufórico. Harry viveria em um lugar sereno, como ele, mas sem despertar seu lado selvagem. Louis tensionou a mandíbula e passou uma mão pelo cabelo.

The Father. (Louis&Harry) Onde histórias criam vida. Descubra agora