CAPÍTULO 02.

8.5K 875 1.6K
                                    

PARTE I:
As Pequenas Vinganças.

EM LONDRES.

Uma coisa curiosa sobre a cocaína: você nunca sabe mesmo o quão rápida a euforia vai ser. De repente, você está fodendo violentamente com o seu melhor amigo e, depois, se sente paranóico e abatido. É o tipo de droga que te deixa extremista demais. Seu cérebro começa a pensar que deveria ter ficado em casa e não mentido para seus pais adotivos. A cocaína causou espasmos contínuos no corpo de Harry depois que ele gozou e Zayn saiu de dentro dele, logo depois caindo ofegante ao seu lado.

“Puta merda”, Zayn assobiou. “A melhor de todas.”

Harry estava rouco. “Você diz isso todas as vezes.”

“E sempre é verdade. Puta merda.”

O garoto teria rido se ainda não estivesse sentido seu orgasmo. Puta merda, de fato. Puta merda porque ele ainda estava ouvindo a música alta da festa no andar de baixo, que parecia estar crescendo cada vez mais, e o cigarro de maconha queimando na ponta da janela. E puta merda, porque em uma noite Harry fez tudo que não deveria ter feito.
Depois da conversa que teve com Louis - uma semana antes - sobre ir morar na Califórnia, eles não se falaram mais. Eles nunca se falavam, mas Harry sentiu algo mudar. Nas raras vezes em que estava perto dele, Harry via o modo como Louis o encarava.

Não era um olhar: era uma avaliação. Louis o avaliava o tempo todo e isso estava deixando Harry maluco, porque ele sabia que o cara estava pensando em como ele era incompetente e nunca conseguiria morar sozinho.

Por isso, quando Coraline avisou que ela e Louis passariam um dia fora, trabalhando, ele aproveitou a oportunidade para ir em uma festa de universitários com Zayn e esfriar a cabeça.

Ele anunciou no dia da festa.

"Ei, mãe", começou ele, do jeito de sempre. Louis estava bem ao lado dela, na porta da sala, terminando de colocar o terno. "Tem uma festa de confraternização com os amigos da escola esta noite. Eu geralmente nunca vou então... eu pensei... posso ir?"

Coraline estava vestindo um sobretudo bege, uma bolsa da gucci nos braços e cheirava a um perfume parisiense. “É claro, querido! Seu pai e eu temos muita coisa para fazer e depois vamos para a casa de sua tia Anne, que vai se casar em breve também, você sabe. Nós vamos dormir lá, certo? Tente não chegar muito tarde."

Louis esticou as abotoaduras para Coraline e observou Harry sem expressão. "Chegue em casa no máximo oito da noite. É melhor que não passe disso", disse ele. "Não fume nada. Nem beba nada. Você entendeu?"

Harry estava quase concordando.

"Não pode ser...", o garoto mordeu os lábios, tentando um sorriso para Louis. "Às nove, pai? Não vou passar disso, prometo."

“Não.” Louis nem piscou.

"Oito e meia?" Harry tentou outra vez.

"Oito. Em ponto."

Harry bateu os pés. "Tudo bem, Louis."

E então ele tinha se virado para bater os pés de novo, pensando em como explicaria isso para Zayn, e ouviu só a voz de Louis. "Não passe da hora!", de maneira muito mandona.

The Father. (Louis&Harry) Onde histórias criam vida. Descubra agora