CAPÍTULO 18.

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PARTE II:
A Obsessão Incontrolável.

EM LONDRES.

Louis bateu uma palma na outra e se virou para encarar Harry, com um meio sorriso nos lábios.

"E então?" Louis provocou. "Eu quase posso ver as engrenagens na cabeça dele girando. Não tem nada que você queira dizer, filho?"

A boca de Harry de repente ficou muito seca; sua língua travou e o coração momentaneamente pareceu desacelerar conforme ele encarava Zayn, tão distante dele, mas ao mesmo tempo tão perto. Harry se sentiu muito imponente por não conseguir dizer nada, e se mover pareceu a coisa mais inteligente a ser feita no momento. Quando Harry deu dois passos até Zayn, Louis se postou na sua frente, negando com a cabeça para ele.

"Não." Louis disse, muito calmo. Os olhos dele estavam escuros em diversão e raiva.

"É melhor você deixá-lo ir. Solte ele, sr.Tomlinson." Zayn rangeu os dentes. Ele estava olhando para os dois com muito interesse.

Louis estava na frente de Harry, seu corpo o cobrindo parcialmente: "Soltar? Não, eu acho que não. Ele parece bastante confortável comigo."

Harry encontrou sua voz, mas ela ainda soava tão falha e miserável quanto um sussurro. Ele já tinha tirado sua máscara, então esperava que suas feições não estivessem tão óbvias.

"Pare com isso!"

Louis deu um sorriso encantado.

"Vamos ver até onde isso vai, amor."

Houve uma pausa densa e silenciosa.

Harry se esticou um pouco para tentar ver o rosto de Zayn e desvendar que tipo de porcaria poderia estar passando pela cabeça dele. A verdade, no fim das contas, era que Harry tinha feito todo um drama quando Zayn fodeu com Liam mas ali estava ele; se encontrando às escondidas com Louis. Ele se sentiu sujo e hipócrita e venenoso, e qualquer coisa que pudesse dizer não anularia isso. Parecendo seguir sua linha de raciocínio, o rosto de Zayn se contorceu em raiva.

"Você deveria soltá-lo, mesmo, sr. Tomlinson. Meu pai não gostaria de saber que você está prendendo meu acompanhante como fazia em sua casa."

Louis ficou de repente muito imóvel, e Harry franziu o cenho. Em sua casa? Uma lufada de ar, então Louis deliberadamente se virou e ficou atrás de Harry, com uma mão cautelosa e pesada em seu ombro. Mesmo que quisesse, Harry sabia que seus pés não conseguiriam se mover. Apenas não esqueça, Harry, quem é que segura a coleira.

"Em minha casa?" Louis repetiu. "Harry nunca foi um prisioneiro. É verdade que meus seguranças fizeram todo um trabalho para impedir você de entrar sim, afinal, é minha casa, não é?"

Zayn se aproximou alguns passos, e quase que Harry não conseguiu se impedir de gritar para ele parar.

"E eu tenho certeza que o senhor tem um motivo convincente. Para qualquer que tenha sido seu acordo com Liam Payne", Zayn encarou Harry por um segundo. "E porque socou um adolescente apenas porque ele estava beijando o seu filho?"

Às vezes, para garotos de dezoito anos, as coisas aconteciam como se fossem em câmera lenta. Aquele momento tinha sido exatamente assim para Harry. Quando ele pensou que Louis fosse explodir - pela primeira vez, com um motivo compreensível - ele não fez nada além de aumentar o sorriso. Harry conseguia ver a verdade estampada nos olhos de Zayn: uma mistura amarga de entendimento e nojo, enviando cordas quentes para o coração de Harry.

The Father. (Louis&Harry) Onde histórias criam vida. Descubra agora