PARTE II:
A Obsessão Incontrolável.EM LONDRES.
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Harry passou a camiseta branca pela cabeça e a esticou para que cobrisse a maior parte do seu corpo quando teve a chance – então ele sentiu vontade de ter as calças da formatura para vestir.
No meio do caos, o coração estupidamente acelerado, Louis se colocando na frente dele e olhando minuciosamente para a porta fechada, o garoto se perguntou onde estavam suas calças.
Louis calmamente começou a vestir a bermuda, sem tirar os olhos da porta, com o corpo protetor ainda na frente de Harry. O homem pegou uma camiseta que estava em cima do sofá, ascendeu um cigarro e passou uma mão pelo cabelo. Pela janela da sala, Harry conseguiu ver uma silhueta na varanda, um homem de grande porte. Ele estava batendo na porta e colocando os olhos curiosos para dentro, procurando coisas que não iria querer ver.
Louis olhou severamente para Harry – ele maneou a cabeça na direção da parede oposta da porta, onde Harry iria sair totalmente da visão de quem quer que estivesse do lado de fora. O garoto o obedeceu, é claro. Se colocou contra a parede e viu quando Louis avançou de maneira preguiçosa, parecendo que tinha acabado de acordar. Quando girou a maçaneta, ele vestiu aquele sorriso simpático e brilhante.
“Posso te ajudar?” Louis perguntou.
Ele não parecia alguém que tinha acabado de fazer sexo. Não parecia nem pelo menos suspeito. Harry imaginou que se não o conhecesse, pensaria que era apenas um bom homem tirando férias no campo.
“Olá, senhor”, houve um aperto de mãos. O cara do outro lado tinha uma voz de garoto. “Me desculpe incomodar seu sono. É que sou da polícia local, e não deixei de notar que alguém novo chegou. Há um carro parado no acostamento. Hoje mais cedo uma mulher apareceu procurando por um garoto. Olhos verdes e cabelo cacheado. Estamos fazendo uma movimentação. Você o viu?”
Harry, entretanto, conhecia Louis. Ele sabia que por baixo da camiseta os músculos dele estavam tensos, e enquanto Louis tombava a cabeça para o lado, fingindo estar muito pensativo, Harry podia sentir, indo até ele de maneira eletrizante, o quão irritado Louis estava.
“Olhos verdes, sim?” ele colocou uma mão no queixo, se apoiou no batente e tomou cuidado para não abrir mais a porta. “Não conheço. Eu cheguei faz alguns dias, na verdade. Estou tirando umas férias de casa. Família barulhenta, você sabe. Muitas crianças.”
O cara do outro lado deu uma risadinha. “Eu entendo, cara. Tive filhos recentemente. Parece que quando nasce um, é impossível não fazer mais.”
“Claro. Seus filhos são todos pequenos?”
“O mais novo tem três meses. Dois de quatro anos e mais um de nove. É uma família bem grande.”
“Uma família grande, de fato!” Louis sorriu. Ele irradiava simpatia. “Eu não posso passar muito tempo longe da minha. Vou sair em breve. O chalé fica disponível sempre, cara. Quem sabe você queira trazer as crianças para o lago qualquer dia desses.”
O policial pareceu surpreso e passou muito tempo agradecendo a Louis. Harry notou – sem muita surpresa – que o assunto do garoto, que por acaso era ele, não estava mais como prioridade. Que tipo de policial faria aquilo? Louis tinha uma maneira indireta de comprar as pessoas, o garoto sabia, mas estava surpreso com o quão rápido ele conseguia.
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The Father. (Louis&Harry)
أدب الهواةEm uma história proibida sobre luxúria, Louis é o cara casado que adotou um garotinho por sua esposa ser estéreo. Um dia, entretanto, Harry já não é mais um garotinho. Determinado a ter sua própria vida longe de Louis, Harry faz tudo que pode para m...